Quando nem um comandante acredita em algo é porque a situação está difícil. Por isso que o torcedor do Palmeiras deve realmente estar sofrendo; após a derrota para o Santos no último final de semana, o técnico Luis Felipe Scolari descartou qualquer possibilidade de sua equipe conquistar ao menos uma vaga na Libertadores do ano que vem.
E Felipão não está errado no que disse. O Verdão tem um time limitadíssimo, onde as poucas peças acima da média não estão mais rendendo o que chegaram a render no início da temporada. Digo da bola parada de Marcos Assunção, do bom entrosamento da defesa e do setor ofensivo que atacava em bloco perigosamente. Sem falar que Kleber e Valdívia parecem não querer mais vestir a gloriosa camisa alviverde.
Mas até onde Scolari é totalmente inocente nesta pouca produtividade? É fato que fica difícil trabalhar quando se pede Ronaldinho Gaúcho e Adriano e chegam Pedro Carmona e Ricardo Bueno. Porém, um treinador campeão do mundo tem a obrigação de pelo menos criar variações de jogo e definir um esquema tático.
A não ser que não se queira mais ficar por não estar encontrando bom ambiente. Neste caso, o melhor para ambas as partes é a ruptura total. Por mais traumático que venha a ser.
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Adriano Imperador enfim estreou com a camisa do Corinthians. Mas foi constrangedor para todos acompanhar a sua péssima forma física. Nem de longe ele está somente três quilos acima do peso. O técnico Tite está certo em mantê-lo no banco de reservas. E Adriano sabe também que não tem condição de postular por nada além disso enquanto mantiver essa capa de gordura sob os músculos. É apostar em Liédson, Willian, Emerson Sheik e Jorge Henrique. Esperar pelo império pode ser fatal.
COLUNA MARCEL CAPRETZ
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