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terça-feira, 12 de julho de 2011

São Paulo lento

A demissão do técnico Paulo César Carpegiani do São Paulo foi tardia. Muito tardia. Deveria ter acontecido no final do ano passado quando ele não conseguiu levar a equipe do Morumbi a Copa Libertadores de América. É verdade que Carpegiani pegou o trabalho em andamento, após as passagens nada animadoras de Ricardo Gomes e Sérgio Baresi. Mas já se via que os esquemas táticos que ele tentava imprimir eram confusos e que poucos jogadores estavam realmente com ele.




Neste ano, o Tricolor foi o primeiro colocado da fase inicial do Paulistão, porém sucumbiu diante do Santos. E a grande decepção foi a eliminação da Copa do Brasil diante do fraco Avaí, que hoje patina no Campeonato Brasileiro. Alí, Carpegiani teria que ser demitido. Novamente não foi.



Vieram as cinco vitórias iniciais no Brasileirão, mas quem acompanhava atentamente os jogos percebia que o futebol são-paulino não era consistente. Rogério Ceni tinha que se desdobrar para salvar os meninos. E quando Ceni falhou veio a goleada do Corinthians. Aí sim, questão de tempo para a demissão do treinador. Foi necessário perder de 5 a 0 do maior rival...



A insistência em manter Rivaldo na reserva foi um dos principais pecados de Carpegiani no Morumbi. Todos sabem que o meia não é mais aquele camisa10 que já foi o melhor do mundo. Porém, ele podia ter contribuído muito com sua experiência. Sem falar que o seu futebol é infinitamente superior ao de todos os garotos que foram forçadamente escalados.



Que a diretoria são-paulina perceba que há tempos não escolhe criteriosamente treinadores e jogadores. Você lembra quais foram os últimos cinco reforços que deram certo no Tricolor? E não podemos nos esquecer do departamento médico do São Paulo que já não é mais tão eficiente.



As vezes é necessário cair para se levantar. Já não está na hora de se reerguer, Juvenal Juvêncio?



COLUNA MARCEL CAPRETZ

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