O errado deu certo no Corinthians

O futebol é apaixonante por inúmeros motivos. A imprevisibilidade é um deles. Na maioria dos casos, planejamento, organização e disciplina resultam em vitória. Mas há situações em que tudo é feito errado e no final dá certo. Para exemplificar resumidamente: o gol de Adriano contra o Atlético-MG.




O Imperador vai contra tudo o que se prega no futebol profissional: está visivelmente acima do peso, não treina de maneira adequada, não segue dietas e não faz os devidos tratamentos quando se machuca.



Mas com a bola no pé ele é diferenciado. Tem potencial para ser um dos melhores atacantes do mundo. E o excesso de gordura não o impediu de marcar o gol que, para mim, será o do título brasileiro do Coringão.



Quando a diretoria corintiana já pensava em se desfazer dele, já dizia internamente que trazê-lo foi um grande erro, que seu custo benefício não compensava, o Imperador mostra o quanto o futebol é mágico e incompreensível.







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São Paulo e Palmeiras vão fazer um jogo interessante no Pacaembu. O Tricolor, inacreditavelmente, após tantos erros e desencontros em 2011, tem chances reais de conquistar uma vaga na Copa Libertadores do ano que vem. Já o Palmeiras quer provar que sem Kleber está fortalecido como grupo – não foi por acaso que os jogadores se abraçaram fervorosamente após a vitória contra o Bahia.



O Tricolor terá mais apetite pela conquista dos três pontos. Mas o Verdão vai querer estragar a festa do rival e entrar ainda mais motivado no último jogo contra o Corinthians. Nenhum jogador vai querer figurar na famigerada lista de dispensa de dezembro. De um lado o rabugento Emerson Leão. Do outro o irônico Luis Felipe Scolari. Ingredientes não faltam para uma partida que promete ficar na história.







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Muricy Ramalho, técnico do Santos, foi muito bem ao deixar no ar a escalação no time titular dos experientes Léo e Elano para a disputa do Mundial de Clubes. Léo, pelo menos, sempre foi um jogador voluntarioso, que demonstrou raça e vontade apesar da idade e das seguidas lesões. Só por isso, já merece crédito.



Mas Elano vive um péssimo 2011. Para quem chegou com a expectativa de ser um exemplo para os mais jovens suas confusões na vida particular caíram como uma bomba. Na parte técnica, também, Elano não se encontrou. Atualmente, não é nem um bom volante nem um bom meia. Não dá para entrar só com o nome em um campeonato tão importante. Para ganhar do Barcelona é preciso estar cem por cento.

COLUNA MARCEL CAPRETZ