Pouco a pouco vão aparecendo as mazelas da FIFA, entidade máxima do futebol. Denúncias de corrupção são cada vez mais frequentes no noticiário. E curiosamente, o nome de Ricardo Teixeira, presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), tem pipocado em algumas dessas negativas manchetes.
O triste é saber que a Copa do Mundo no Brasil está nas mãos dele. Chega a ser constrangedor o que está acontecendo com nosso país: o anúncio de que sediaríamos o Mundial de 2014 foi feito em outubro de 2007. Já se foi quase metade de 2011 e pouco saiu do papel.
É inadmissível que São Paulo, maior potência do Brasil, esteja fora da Copa das Confederações. Sem falar que o centro de imprensa não será mais em território paulista e sim no Rio de Janeiro.
Ricardo Teixeira tem culpa nisso. Insistiu com o Itaquerão e fez de tudo para barrar o pronto Morumbi, do seu desafeto Juvenal Juvêncio. Nova obra, nova empreiteira. Novos problemas em um prazo já curto: necessidade de dinheiro público.
Enquanto a saúde, a segurança e a educação de nosso país continuam uma piada, haverá, com certeza, verba do governo em um estádio de futebol particular. Por culpa de nossos dirigentes, o Brasil não merecia receber a Copa. Aqui se pensa na cereja. E se esquece do bolo.
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Toda a falta de transparência da CBF ajuda também a afastar o torcedor da seleção brasileira. Os dois amistosos (contra Holanda e Romênia) em solo brasileiro são jogadas políticas. A seleção não é mais do torcedor. É de empresários.
É claro que o técnico Mano Menezes sabe a importância de cada partida. Ainda mais próximo da Copa América. Mas aquele brilho, aquela aura da camisa amarelinha está sendo cada vez mais ofuscado.
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COLUNA MARCEL CAPRETZ
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