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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Grande Palmeiras

O Palmeiras é um dos maiores clubes do mundo. Sua história é gloriosa. Uma torcida apaixonada. Que canta e vibra, como diz o hino. Grandes jogadores já vestiram a camisa palestrina. Oberdan, Ademir da Guia, Evair, Marcos e tantos outros.




Por toda essa grandeza, o Verdão não pode ficar doze anos sem conquistar um título de expressão. Desde 1999, quando venceu a Copa Libertadores da América, grandes taças passam longe do Palestra Itália.



E alguns acontecimentos explicam essa seca de títulos. A bola não entra por acaso. Um campeonato não é vencido apenas pelo imponderável. Hoje o Palmeiras é um clube tão dividido que fica impossível somar forças a ponto de ser campeão.



A presença de oposicionistas é saudável para fiscalizar qualquer instituição. Mas desde que ninguém faça forças para o sentido contrário.



Problemas devem ser resolvidos internamente e não escancarados para a opinião pública. Veja, por exemplo, que desnecessária a polêmica entre Kleber e o presidente Arnaldo Tirone, por uma suposta proposta do Flamengo ao atacante. E como explicar erros administrativos inadmissíveis como a caríssima compra de Valdívia, que não joga nunca?



E parte dos torcedores também tem culpa nisso. Compreendo que essa fase medíocre deixa até o mais fanático ansioso e nervoso. Mas a pressão desenfreada que vem das arquibancadas só prejudica dentro de campo. Jogadores tem medo de errar. Se retraem. Outros nem querem vir para o Palmeiras, com medo de sofrer uma agressão em um banco, como aconteceu com Vagner Love.



Conquista no futebol, como em tudo na vida, é resultado de uma série de competências combinadas. Para o Palmeiras, falta muito. Triste para o futebol.







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Cuca é bom treinador. Sabe armar equipes. É raro ver um time comandado por ele desorganizado táticamente. Mas o aspecto emocional do ex-treinador do Cruzeiro ainda o derruba. Sua dificuldade em passar confiança para elenco, diretoria, torcida e imprensa faz com que todo o bom trabalho desenvolvido dentro de campo caia por terra. Tanto que agora será o falante e confiante Joel Santana que ocupará o posto de técnico da raposa. Reage, Cuca!



COLUNA MARCEL CAPRETZ

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