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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Empate Ruim

Coritiba 1x1 Palmeiras
Parecia que seria igual àquela goleada de 6 a 0, em maio, pela Copa do Brasil, mas o Palmeiras reagiu, controlou o jogo e segurou o empate por 1 a 1 com o Coritiba, nesta quarta-feira, no Couto Pereira. Após um início avassalador do Coxa, o time paulista buscou a igualdade na bola de sempre, com Marcos Assunção, e manteve o resultado mesmo com um jogador a menos durante parte do segundo tempo - Thiago Heleno foi expulso. Os comandados de Marcelo Oliveira não conseguiram vencer em casa pelo segundo jogo seguido. Os de Felipão, apesar do empate, saíram com mais um pontinho na tabela.




Se não deu para dar o troco após o trauma da derrota por 6 a 0 na Copa do Brasil, a equipe de Luiz Felipe Scolari mostrou que aprendeu a jogar contra o rápido Coritiba. O resultado leva o Palmeiras aos 26 pontos, e o time segue no G-4, em quarto lugar. No entanto, pode perder uma posição para o São Paulo, que soma 25 e enfrenta o Bahia nesta quinta-feira, no Morumbi.



Com 18 pontos, o Coxa segue na zona intermediária da tabela, em décimo lugar. Na quarta-feira passada, também jogando em casa, o time levou de 4 a 3 do São Paulo, após estar perdendo por 4 a 0. A sua torcida voltou a sair insatisfeita do Couto Pereira.



As duas equipes voltam a campo no próximo sábado, às 18h30m (de Brasília). O Palmeiras recebe o Grêmio no Canindé, e o Coritiba enfrenta o Flamengo no Engenhão.



Já vi esse filme..

Uns falarão do fator psicológico, outros vão citar o nervosismo, e até o frio pode ser culpado. Fato é que o início deste Coritiba x Palmeiras foi idêntico ao de três meses atrás. Na arquibancada, o “Green Hell” estava pronto para assombrar novamente, e o time de Felipão sentiu a pressão. Com muitas falhas defensivas e certa passividade na marcação, o Palmeiras deu campo para o Coxa. E, com o time rápido que tem, o dono da casa aproveitou. Foi após um escanteio, motivo de tanta dor de cabeça para Felipão, que Marcos fez milagre em cabeçada de Emerson, mas não evitou o gol de Jéci - ironia do destino, um ex-palmeirense. O time da casa voava, e tudo isso com oito minutos de jogo.



A lembrança dos 6 a 0 ficou viva na memória. “O Coxa vai golear, caiu na rede é peixe”, cantavam os coxas-brancas em uníssono no Couto Pereira, que recebeu 17.818 pagantes (com renda de R$ 295.190). Bill quase fez o segundo em um contra-ataque, especialidade da equipe de Marcelo Oliveira, líder do quesito no Brasileirão. Visivelmente nervoso, o Palmeiras levou três cartões amarelos no intervalo de um minuto, para Kleber, Valdivia e Luan. O árbitro Célio Amorim aplicou duas das advertências por reclamação.



O cenário piorava, até uma falta para o Palmeiras na entrada da área, no bico esquerdo, local preferido de Marcos Assunção. Aos 19 minutos, a bola voou como sempre, à meia altura e no primeiro pau, certeira. Léo Gago desviou contra a própria rede, tirando um peso do tamanho do Couto Pereira das costas dos jogadores palmeirenses: 1 a 1 no placar, para esfriar o ímpeto do “Green Hell”.



O gol mudou o ritmo do jogo, que ficou mais equilibrado e com chances para os dois lados. O Coritiba ainda manteve mais posse de bola, mas o Palmeiras já havia recuperado a confiança. O ataque tentou dribles, armou jogadas mais pensadas e viu a sua torcida acordar. Aos poucos, o Coxa recuou e começou a errar passes simples - o aspecto psicológico mudara de lado. O árbitro Célio Amorim inverteu faltas, deixou de dar cartões, viu a revolta dos visitantes em um suposto pênalti não marcado em Luan e, principalmente, causou uma unanimidade: todo mundo saiu reclamando dele no intervalo.





Valdivia conduz a bola e é perseguido por Leandro Donizete (Foto: Ag. Estado)Empate vira lucro





O Palmeiras foi inteligente e amarrou o jogo no início da segunda etapa, para evitar uma blitz semelhante à do primeiro tempo. Felipão pediu cadência no meio-campo e foi prontamente obedecido por Valdivia, que prendeu mais a bola e irritou a marcação. A baixa temperatura em Curitiba já contagiava a partida, que ficou gelada do jeito que o time visitante queria.



Foi por isso que Marcelo Oliveira ousou em sua primeira substituição: tirou o volante Léo Gago e lançou Anderson Aquino no ataque. Ele caiu pelo lado esquerdo, Rafinha ficou na direita, e Bill centralizou na área, apenas esperando para finalizar a gol. O clássico esquema com três atacantes, mais Marcos Aurélio na armação, melhorou o volume de jogo do Coxa e trouxe a torcida da casa de volta à partida.



O Palmeiras deu sua contribuição para o ambiente ficar novamente favorável ao rival. Nervoso, Maurício Ramos errou passes demais, e um desses equívocos provocou a expulsão de Thiago Heleno, que teve de derrubar Bill quando ele já estava de frente para Marcos. Com um a menos na defesa, Felipão promoveu a estreia de Henrique e colocou todo mundo atrás da linha da bola. Deu para segurar a pressão e sair de Curitiba com um empate graças a Marcos, que salvou o Alviverde em pelo menos duas oportunidades. Para o Coxa, sensação amarga. Para o Palmeiras, lucro: um ponto a mais na tabela, jogo consistente fora de casa e a diminuição do trauma daqueles 6 a 0.

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