Quando Muricy disse não à seleção para ficar nas Laranjeiras ele sabia exatamente o que estava fazendo. Era o começo de um trabalho, e ele via futuro ali. Mesmo com os obstáculos que enfrentou ao longo do caminho, como as inúmeras lesões de jogadores imprescindíveis para o time, cumpriu sua missão com êxito. Soube a hora de lançar talentos, como Tartá e Fernando Bob, e de tolher talentos, como o jovem Wellington Silva, que já estava se achando craque. Muricy, esse enxerga longe. E por isso mesmo sabe que o Fluminense precisa crescer. Não basta investir em elenco, trazer jogadores caros, e continuar treinando no precário estádio das Laranjeiras. Ele já disse que o clube precisa de um verdadeiro centro de treinamento. Um lugar onde os jogadores possam treinar em paz, almoçar, dormir. Tudo bem que essas duas últimas conquistas (Flamengo e Fluminense) provaram que um time pode ser campeão mesmo sem estrutura, mas isso não quer dizer que ter uma boa estrutura não seja importante. Tanto que quando Fred precisou de um tratamento mais específico, procurou fora do clube, mesmo tendo como patrocinador um plano de saúde. Pequenos detalhes que podem ter atrapalhado. Talvez se o clube disponibilizasse mais médicos, aparelhos mais modernos, Fred teria voltado a jogar mais cedo.
São lições que ficam. Aprende quem quer. E Muricy Ramalho sempre quer. Sem dúvida, foi uma belíssima aquisição para o Fluminense. Agora, que venha a Libertadores. Os tricolores, que tanto sofreram nos últimos anos, merecem.
Coluna de: Aline Bordalo
História: Antes, esteve no SBT e na TV Globo, ambas no Rio, e na TV Verdes Mares (afiliada global no Ceará), além de ter uma breve passagem pelo Sportv em 2009.
Atualmente trabalha na TV Bandeirantes.
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