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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

No fim timão vence

O Corinthians penou, tropeçou nas próprias pernas e teve muitas dificuldades contra o Mogi Mirim, no Pacaembu. Mesmo assim, fez 2 a 0 para cima do rival e conseguiu vencer mais uma partida no Campeonato Paulista. Liedson marcou os dois gols, aos 27 e aos 40 minutos do primeiro tempo, e o Corinthians chegou aos 16 pontos, se igualando em número de jogos com os demais concorrentes . Agora, o time se coloca na quarta colocação do Estadual, dois pontos atrás do Santos, adversário de domingo, vice-líder, e três atrás do Palmeiras, que está na ponta da tabela.












O resultado pode ter sido satisfatório, manteve o Corinthians invicto no Estadual, mas não convenceu os cerca de 7,5 mil pagantes que foram ao Pacaembu para assistir ao jogo. Com muitos erros de passe e dificuldade para furar a frágil defesa do Mogi Mirim, o Corinthians só conseguiu a vitória por duas falhas do goleiro João Paulo. Liedson, contratado para fazer gols, deixa o torcedor sem sentir saudades de Ronaldo. Já marcou quatro vezes em três jogos.







Apesar do bom resultado, o saldo da partida não foi dos melhores para Chicão, o capitão corintiano. O zagueiro deixou o campo machucado aos 26 minutos do primeiro tempo. Ele sentiu dores musculares e não pôde continuar no jogo. Com tempo curto de recuperação para o clássico contra o Santos, domingo, também no Pacaembu, a participação do capitão corintiano corre risco. “O músculo dele está muito dolorido, vamos aguardar, mas para domingo está bem comprometida a participação dele, sem dúvida”, disse o médico Júlio Stancatti.







Sem o titular, as opções para o clássico são Wallace e Diego Sacoman. Paulo André voltou aos treinos nesta quinta-feira, mas não tem condições de jogo.







Já o volante Jucilei deixou o campo com o discurso em tom de despedida. Ele tem proposta do futebol russo e o clube pode negociá-lo.







O jogo

O técnico Tite manteve o mesmo time titular dos últimos jogos três jogos. Pela repetição, o treinador tinha a expectativa de dar ao Corinthians um padrão de jogo por meio do entrosamento mesmo que ele seja forçado. Pelo menos no primeiro tempo não deu certo.







Lento, com pouca criatividade no meio campo, o Corinthians bateu de frente contra uma defesa bem postada que dava poucos espaços aos atacantes corintianos. O Mogi Mirim, como faz toda equipe que enfrenta o Corinthians no Pacaembu, se portou com cautela na defesa.







Durante todo o primeiro tempo ficou clara a dificuldade do Corinthians de furar a defesa do time do interior. Danilo e Ramírez, os meias escolhidos por Tite para criar as jogadas de gol foram completamente anulados. Apenas quando Alessandro aparecia como opção pelo lado direito do ataque é que o Corinthians conseguia alguma jogada de mais perigo.







Com Chicão, em duas cobranças de falta, o Corinthians teve algumas das raras chances de gol do primeiro tempo. Pouco. Muito pouco.







A dificuldade de tocar e chegar ao gol do Mogi Mirim era tão evidente que o melhor lance de gol criado pelo Corinthians nasceu de um chutão, aos 10 minutos. Júlio César cobrou uma falta na defesa corintiana fazendo ligação direta para área adversária. Danilo desviou mal de cabeça e a bola sobrou para Liedson na meia lua. O atacante bateu de primeira para o gol, mas o tiro saiu por pouco ao lado da trave direita do Mogi.







O novo camisa 9 corintiano deixou o campo reclamando no intervalo. “Não está fácil alçar a bola. Ficamos tocando muito para o lado. Precisamos melhorar”, disse Liedson.











Na volta para o segundo tempo, Tite não fez alterações. Aos microfones das rádios, disse que daria mais liberdade para Jucilei chegar ao ataque. Ramirez seria recuado.







O cenário, contudo não mudou. A mesma lentidão tomava conta do meio-campo corintiano. A torcida, mais uma vez em pouco número no Pacaembu, se impacientava. Tite percebeu que não daria para continuar desta forma e antes dos 10 minutos providenciou a segunda alteração do jogo.







Dentinho, de fora do time desde a derrota para o Tolima no dia 2 de fevereiro, entrou na vaga de Danilo, que perdeu incontáveis passes e como última contribuição em jogo armou um contra-ataque para o Mogi Mirim. Vaiado, o camisa 10 deixou o campo para receber o afago de Tite no banco de reservas.







Com Dentinho a esperança de uma mudança de perspectiva para o corintiano se renovou. O Mogi Mirim, com a mesma postura, não dava espaços ao Corinthians que, entregue, se envolvia facilmente na marcação do time do interior paulista. Tite então, aos 15 minutos, sacou Jucilei para dar nova chance a Morais. Sem muitas opções no banco – Bruno César segue fora – não havia alternativa.







O jogo se arrastava e o Corinthians pouco arriscava. Bastou então um chute de fora da área e a colaboração do goleiro João Paulo para o Corinthians marcar seu gol.



Aos 27 minutos Dentinho arriscou chute de fora da área e o goleiro deu rebote. Bem postado no meio da área, Liedson se esticou para marcar seu terceiro gol em três jogos no seu retorno ao Corinthians.







Com o gol o Corinthians se tranqüilizou. O Mogi, que se propunha a se defender, teve de sair para o jogo mas parou na falta de qualidade de seus meias e atacantes.



Aos 41 minutos, com o jogo controlado, Liedson ainda ganhou um presente. O goleiro João Paulo recebeu um recuo e tentou driblar o atacante corintiano. Acabou deixando a bola nos pés do artilheiro que não perdeu a chance.







O Mogi Mirim se mantém com oito pontos, na 13ª posição, dois pontos acima da zona de rebaixamento.







FICHA TÉCNICA - CORINTHIANS 2 x 0 MOGI MIRIM



Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo-SP

Data: 17 de fevereiro de 2011, quinta-feira

Horário: 21h50 (horário de Brasília)

Renda: R$ 189.581,00

Público: 7.248 pagantes

Árbitro: Leandro Bizzio Marinho

Assistentes: Daniel Luis Marques e Gustavo Rodrigues de Oliveira

Cartões Amarelos: Liedson (COR); Cleidson e Everton Dias(MOG)





GOLS:

CORINTHIANS: Liedson, aos 27 e aos 42 minutos do segundo tempo



CORINTHIANS: Júlio César; Alessandro, Chicão (Wallace), Leandro Castan e Marcelo Oliveira; Ralf, Jucilei (Morais), Ramirez e Danilo (Dentinho); Jorge Henrique e Liedson Técnico: Tite



MOGI MIRIM: João Paulo; Niel, Everton Dias, Audálio e Cleidson; Baraka, João Paulo Gomes (Everton Senna), Val e Geovanne; Roberto Jacaré (Paulo Isidoro) e Denílson Técnico: Guto Ferreira

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