Gostaria de recordar uma situação recente, menos de um ano atrás. O treinador Luiz Felipe Scolari era apontado como a solução de todos os problemas da seleção brasileira, do Corinthians, do Flamengo, do Afeganistão, das enchentes, enfim, era considerado um semi-Deus pela opinião pública. Tal fama era justificada pela inesquecível conquista da Copa do Mundo de 2002, do bom trabalho em Portugal e das Libertadores vencidas na década de 90.
O Palmeiras foi quem conseguiu repatriar Felipão e esperava que com a vinda do velho ídolo a síndrome de vira-lata, que ronda o Palestra Itália há anos, fosse deixada de lado. Mas até agora, passados mais de seis meses que Scolari regressou ao Brasil, o Verdão continua o mesmo: sem padrão tático, sem organização, sem jogadas ensaiadas.
Felipão pediu para o palmeirense não cobrá-lo em 2010. Ele alegou que era necessário um tempo de readaptação ao futebol brasileiro. E mesmo com a dolorosa eliminação na semifinal da Copa Sulamericana para o Goiás o treinador foi poupado.
Só que neste ano a situação será diferente. O Palmeiras foi o único time grande que não venceu na primeira rodada do Paulistão. A torcida já deu sinais de insatisfação. É verdade que o elenco alviverde não é o melhor do Brasil. Porém também não é o pior. Poderia estar jogando melhor. Por isso, Felipão já pode sim começar a ser cobrado. Ele também tem culpa.
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Neymar joga demais. É espetacular. Acima da média. Merece receber toda a fortuna que recebe. O que ele está fazendo no Sulamerican sub-20 leva até a imprensa argentina a compará-lo com Maradona.
Por tudo isso, torço para ele ser mais comedido fora de campo. Ter a cabeça no lugar. Talento como o dele não pode ser desperdiçado.
Coluna de: Marcel Capretz
História: trabalha na rádio 105 FM.
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