Essa entidade paralea à CBF, conhecida como 'Clube dos 13', não é mais do que uma figura decorativa do futebol brasileiro. Como tantos outros rótulos que não justificam o conteúdo, existentes neste país de ícones fictícios, a denominação 'Clube dos 13' descaracteriza-se na sua expressão numérica ao possuir, na verdade, 20 clubes.
Se por outro lado, tenta passar a ideia de ser uma entidade que reúne, com exclusividade, os maiores clubes brasileiros - à luz daquilo que se entende como grandeza clubística - não tem como justificar a presença em seu quadro de agremiações como a Portuguesa e o Guarani, ambas paulistas, com todo o respeito que me merecem tais entidades esportivas, por seus passados gloriosos, mas que não servem, por si sós, de credencial para justificar-lhes uma suposta conceituação de 'clube grande'. Até porque, se assim fosse, forçoso seria admitir, no 'Clube dos 13 que tem 20', a presença da Ponte Preta, do Paraná Clube, do Náutico, do América mineiro e inúmeros outros de mesmo nível. A entidade hoje dirigida pelo desportista Fábio André Koff, por sua feição biônica no âmago do desporto nacional, faz lembrar, a nível nacional, aquele famoso "Governo paralelo" do PT, quando não estava no poder central, e, no plano internacional, a monarquia britânica da Rainha Elizabeth II, que reina - sabe-se se lá em que sentido - mas não governa. (jornalino@gmail.com) * jornalista - Comentarista do Terceiro Tempo da Band SP
Lino Tavares *
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