O título é merecido. O Corinthians foi o melhor time da competição. Após a traumática eliminação na Pré-Libertadores para o inexpressivo Tolima, a aposentadoria de Ronaldo e o abandonado de Roberto Carlos, o futuro não se mostrava animador.
O técnico Tite teve que lidar com a pressão e com a desconfiança de boa parte da torcida durante o ano todo. Veio o Campeonato Paulista e a equipe se reestruturava. Os resultados demoraram para aparecer.
Adriano Imperador, grande esperança, se machucou antes mesmo de entrar em campo. O goleiro Júlio César nunca teve a maioria da torcida ao seu lado. Tanto que chegou a deixar o time titular, para a entrada de Renan, que veio do Avaí.
Porém, o início corintiano no Brasileirão, surpreendentemente, foi arrasador. Aproveitando-se que alguns times disputavam a Libertadores e a Copa do Brasil, Tite conseguiu colocar na cabeça dos jogadores que um início fulminante era fundamental.
Liédson, mesmo machucado, foi decisivo. Emerson Sheik nunca pipocou. Chicão, apesar da queda técnica, também teve sua importância. Willian se firmou em um time grande, diferente do que muitos achavam. Danilo e Alex sempre que exigidos foram seguros. Andrés Sanchez, por bem ou por mal, é o dirigente do ano.
Parabéns Fiel Torcida! Se tinha alguém que merecia esse título, esse alguém vestia o uniforme preto e branco do Coringão.
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Não gostei da permanência de Emerson Leão no São Paulo. A desculpa de que não havia opção melhor é para quem está acostumado com a mediocridade. Leão não fez nada para merecer comandar o Tricolor em 2012. Seus resultados foram pífios: eliminação da Copa Sulamericana e o insignificante sexto lugar no Campeonato Brasileiro. Afastar medalhões, como Rivaldo e Dagoberto foram devidamente retirados, e trazer garotos da base não é a solução. A diretoria são-paulina precisa voltar a ser inovadora, criativa e eficaz. Saudosa a época em que contratava bons jogadores de graça...
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Time por time, futebol por futebol, o Barcelona é melhor que o Santos. Mas como se trata de um jogo só (não acredito em um novo Mazembe!), tudo pode acontecer. Vou pender para o lado brasileiro, apesar da sentida ausência do volante Adriano. Ele seria fundamental para parar o veloz meio-campo catalão. Mas acredito na inspiração de Neymar, cada vez mais motivado e profissional. Acredito também em Ganso e Elano, ambos fora de forma, mas que em um lance podem decidir o Mundial de Clubes. O Peixe tem sim talentos individuais que podem leva-lo a sonhada terceira estrela.
COLUNA MARCEL CAPRETZ
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