O primeiro passo para se corrigir uma falha é admitir que ela existe. Se ficarmos fingindo que está tudo bem, quando sabemos no nosso subconsciente que há algo errado, o problema só aumenta e a solução pode se tornar mais difícil.
No futebol já é uma tradição, infelizmente, transferir responsabilidade. Quando uma equipe perde, invariavelmente, a culpa é jogada na arbitragem. Os treinadores, em suas chatas entrevistas coletivas pós-jogo, raramente assumem que não tiveram uma boa jornada, que erraram nas alterações, que não trabalharam bem durante a semana. É mais cômodo dizer que o time perdeu por culpa da arbitragem.
É fato que o nível dos profissionais do apito no Brasil não é dos melhores. Mas em um campeonato longo, de pontos corridos, como o Brasileirão, um clube não ganha um título ou é rebaixado por conta de erros dos juízes.
É hora de todos no futebol entenderem que erros acontecem e que o melhor a fazer é ver onde estão as falhas e os acertos e trabalhar mais. Comodismo e transferência de responsabilidade não combinam com vitoriosos.
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A torcida do Palmeiras tem sim que ter medo de o time ser rebaixado no Campeonato Brasileiro. A situação da equipe do técnico Luis Felipe Scolari é dramática. Não faz nem dois meses que o clube foi campeão da Copa do Brasil e agora não consegue deixar a zona da degola. E se logo depois da conquista o time perdia no Brasileirão, mas jogava bem, agora a situação está pior. O nervosismo está tomando conta dos jogadores e nem os mais habilidosos estão conseguindo render. Não dá para saber o que se passa no departamento médico palmeirense, mas Felipão nunca consegue ter o grupo completo nas mãos.
Em 2002, o Palmeiras também tinha jogadores de qualidade e foi rebaixado. A diretoria tem que tomar providências enérgicas urgentemente para evitar que a história se repita. O mínimo que o palmeirense deseja é ver no primeiro semestre do ano que vem seu time jogar a Libertadores, sabendo que na sequencia vem a Série A do Brasileirão e não a Serie B.
COLUNA MARCEL CAPRETZ
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