‘Caível’

O futebol é apaixonante por diversos motivos. Dentre eles, o dinamismo e a velocidade com que as coisas mudam. A vitória de ontem não garante o sucesso de hoje. Há dois meses, o Palmeiras vencia a Copa do Brasil. O técnico Luis Felipe Scolari e seus jogadores foram tratados como heróis. Já eram mais de doze anos sem uma conquista de expressão. Hoje, o time luta desesperadamente para não ser rebaixado no Campeonato Brasileiro.

Para quebrar o jejum de títulos a equipe chegou ao seu limite físico, técnico e psicológico. O grupo teve na Copa do Brasil aquele algo mais que todo campeão precisa ter. Mas agora falta perna e bola. O Palmeiras não tem um grande elenco, apenas um bom time. Qualquer peça que sai faz muita falta. Marcos Assunção não tem substituto. Se Barcos fica fora, Obina não consegue repor com a mesma qualidade. No meio-de-campo, Valdívia e Daniel Carvalho estão sempre machucados. Patrick, Mazinho e até o recém-chegado Thiago Real não tem condição de armar o time.

Felipão e a diretoria precisam reagir. Tomar alguma providência, mostrar para os jogadores que o Verdão é grande, enorme, um dos maiores clubes do mundo. É inadmissível ser rebaixado duas vezes em dez anos.

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O torcedor brasileiro só se empolga verdadeiramente com a seleção em época de Copa do Mundo. Tudo para quando o Brasil entra em campo. Fora isso, não há grande empolgação com amistosos, Copa América e Copa das Confederações.

Mas ao mesmo tempo em que não acompanha com tanto afinco, o torcedor cobra demais a seleção. Não basta vencer. Tem que convencer. Para muitos, ainda há a impressão de que somos os melhores do mundo sendo que hoje há pelo menos quatro seleções na nossa frente.

O técnico Mano Menezes foi forçado a fazer uma reformulação no time após a última Copa do Mundo. E hoje sofre por não ter jogadores experientes para ajudar os mais jovens a lidar com a pressão. Estou pessimista para a próximo Copa do Mundo...a fase não é boa!

COLUNA MARCEL CAPRETZ DA SEMANA