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quinta-feira, 13 de junho de 2013

Mico no Corinthians

Alexandre Pato é um jogador de rara habilidade. Tem uma técnica acima da média. Tanto que foi tratado como joia preciosa nas categorias de base do Internacional. E logo que surgiu no profissional rapidamente foi contratado pelo poderoso Milan, pouco depois do título mundial colorado.
Porém, o atacante nunca atendeu todas as expectativas. Na Itália pouco jogou. Suas lesões fizeram com que fosse mais conhecido por namorar a filha de Silvio Berlusconi do que pelo seu próprio futebol. Na seleção brasileira, Pato pouco brilhou. Nem foi convocado para disputar a Copa do Mundo de 2010, foi reserva nas Olimpíadas de 2012 e há reduzidas chances de jogar a Copa do ano que vem.
O Corinthians gastou R$ 40 milhões a toa. Alexandre Pato nunca foi e nunca será um jogador decisivo. Que resolva jogos difíceis, que chame a responsabilidade quando tudo parecer perdido. No próprio Inter, na decisão do Mundial de 2006 contra o Barcelona, o gol do título foi do mediano Adriano Gabiru.
A Fiel torcida não perdoa. Do mesmo jeito que ela ama, pode odiar um jogador. Ronaldo foi obrigado a encerrar a carreira porque o Coringão foi eliminado na Pré-Libertadores para o inexpressivo Tolima. Roberto Carlos teve que se mandar para a Rússia pelo mesmo motivo. Pato foi muito bem recebido, mas já começou a ser vaiado por não estar jogando bem. Prevejo dias difíceis para o atacante com a camisa corintiana...

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Falta um líder para a atual seleção brasileira. Um capitão, jogador que seja respeitado no elenco, que tenha voz ativa dentro de campo. O time do técnico Luis Felipe Scolari é muito jovem e muito caladão. Com o decorrer da Copa das Confederações é possível que essa liderança apareça naturalmente. Mas ela tem que aparecer! Equipe sem referência não chega a lugar algum.

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O Santos não se preparou para a saída de Neymar. O clube de Vila Belmiro conseguiu capitalizar a permanência dele, mas não armou uma estrutura para se manter sem ele. É necessário que venha um técnico experiente para esse momento de transição.  A pressão será grande e será necessário sangue frio para suportar as críticas que com certeza virão.

  • COLUNA MARCEL CAPRETZ DA SEMANA‏

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