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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Com show de Neymar, Peixe vence

Santos 3x2 Colo-Colo
Enfim, o Santos venceu na Taça Libertadores. Foi sofrido, dramático, tumultado. O placar de 3 a 2 sobre o Colo Colo-CHI, nesta quarta-feira, na Vila Belmiro, teve todos os ingredientes de Libertadores, inclusive os ruins. Catimba, briga, expulsões. O problema é que o Peixe se complicou muito. Sofreu três baixas importantíssimas para o jogo contra o Cerro Porteño-PAR, no próximo dia 16, em Assunção. Vai precisar vencer os paraguaios sem Elano, Neymar e Zé Eduardo, expulsos. O craque alvinegro levou o vermelho na comemoração do gol: resolveu festejar com uma máscara feita em sua homenagem. Como já tinha amarelo, foi para o chuveiro mais cedo. Zé Love foi excluído por trocar empurrões com o zagueiro Scotti. Já Elano levou o vermelho quando já estava no banco, por reclamação acintosa.




Do seu camarote, Muricy Ramalho assitiu a tudo. O treinador será apresentado nesta quinta-feira e terá de quebrar a cabeça para montar a equipe para o confronto contra os paraguaios, que o Peixe precisa vencer para não depender de outros resultados na última rodada para avançar às oitavas. Com o resultado, o Santos foi a cinco pontos e segue em terceiro lugar no Grupo 5. Os chilenos, em segundo, tem seis. O Cerro, líder, está com oito.



Gols para Muricy festejar



O Santos entrou em campo passando um pouco do ponto. A vitória do Cerro Porteño sobre o Deportivo Táchira, por 2 a 0, fez com que o Peixe entrasse em campo muito pressionado. Afinal, os paraguaios foram a oito pontos, deixando Colo Colo com seis e o Peixe com dois. Um tropeço deixaria os santistas longe demais das oitavas. Por isso, o time entrou em campo com apenas dois. Por isso, nervosismo, a bola queimando nos pés, passes equivocados. Mas o espírito já era diferente. Ao contrário do que aconteceu nos primeiros três jogos, o Peixe jogou Libertadores, enfim. Foi determinado na marcação e procurou abafar o Colo Colo desde o início.



O clima da Vila Belmiro ajudou. A torcida também pareceu entender que o ambiente do Alçapão conta muito. Esgotou os ingressos e empurrou o time desde o minuto inicial. Paulo Henrique Ganso, que foi hostilizado por um grupo de descontentes após a derrota para o Palmeiras, por 1 a 0, domingo passado, teve seu nome gritado.



- Paulo Henrique é o maestro do Peixão!



Muricy Ramalho cumprimenta os torcedores do Santos durante a partida na Vila (Foto: Reuters)Logo aos 11 minutos, metade do estádio soltou o grito de gol. Numa cobrança de falta de Elano, a bola balançou a rede, mas pelo lado de fora. A galera do lado oposto às cabines de imprensa comemorou, com a impressão de que a bola havia entrado. O lance acendeu ainda mais o estádio. Os santistas não deixaram de incentivar nem quando Jorquera, aos 26 minutos, cobrou falta da esquerda e acertou o travessão de Rafael. Foi o único lance de perigo do Colo Colo.



O Peixe continuava tomando conta da partida. Estava difícil entrar tabelando pelo meio da zaga chilena. O jeito era chutar de fora. Afinal, o goleiro Castillo, como sabe bem o torcedor do Botafogo, não é dos mais confiáveis. Danilo arriscou aos 29, mas o goleiro defendeu. Aos 34, não teve jeito. Numa linda cobrança de falta, de pé direito, Elano acertou o ângulo esquerdo de Castillo. Explosão na Vila Belmiro, especialmente no camarote do presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro. A seu lado, o técnico Muricy Ramalho, que vibrou muito.



Neymar comemora com a máscara que lhe

renderia segundo amarelo e expulsão (Foto: AP)Quando Muricy e todos os outros alvinegros ainda pulavam comemorando o belo gol de Elano, Zé Eduardo recebeu pela meia esquerda e acertou um ótimo passe para Danilo, que entrava por trás. O volante driblou o goleiro e tocou para o gol. A bola ainda desviou na zaga e entrou.



Aliviados, os jogadores alvinegros passaram a tocar a bola com mais calma, envolvendo o Colo Colo, que começou a sair mais, sem, no entanto, ameaçar o gol alvinegro.



Chapéu, máscara e expulsão





Os 12 primeiros minutos do segundo tempo viraram o jogo de ponta cabeça. Aos seis minutos, Neymar vez um gol antológico. Ele se antecipou a Cabión, passaou por Scotti, aplicou um chapéu em Cabrera e toca por cima de Castillo. Na comemoração, colocou uma das máscaras do seu rosto que foram distribuídas por um dos seus patrocinadores. O árbitro uruguaio Roberto Silvera não gostou da brincadeira e lhe deu o cartão amarelo. Como já tinha um, por falta em Jorquera no primeiro tempo, foi expulso.

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