O quadro entrevista hoje o preparador físico do São Gabriel Gustavo Alves, trabalhou no Juventude por alguns anos entre categorias de base e profissional e teve uma passagem pelo futebol Português, no clube distrital Linda a Velha.
Atualmente o preparador físico está em pré-temporada com a equipe para a disputa do Campeonato Gaúcho.
Gustavo em sua passagem pelo Juventude Nome: Gustavo Alves Corrêa |
Nome: Gustavo Alves Corrêa
Preparador Físico
Clubes que Trabalhou:
Juventude (2005-2008/2010-2013), Esporte Clube Linda a
Velha-Portugal (2009), São Gabriel-RS (2014.
1-Como surgiu o interesse em ser preparador físico?
Sempre gostei muito de futebol, quando ainda menino fui incentivado
pelos meus pais a prática do futsal em escolas de iniciação de na minha cidade
natal, em Pelotas. Conforme o tempo foi passando, o gosto pelo esporte e
principalmente pelo futebol foi aumentando, de forma que esta modalidade
passasse a fazer parte do meu cotidiano, foi então que me mudei para a cidade
de Caxias do Sul, mais uma vez com incentivo dos meus pais, para que
ingressasse na faculdade, estudar o que eu mais tinha vontade, que era obviamente
a Educação Física e assim direcionei para o ramo do treinamento desportivo e
preparação física, funções que exerço até hoje.
2-Através de quem conseguiu sua primeira oportunidade no meio do
futebol?
Já em Caxias do Sul, dentro da Universidade fiz algumas relações com
alguns profissionais que já estavam engajados e trabalhavam no futebol de
rendimento, mais precisamente no Esporte Clube Juventude. Fui ampliando e
mantendo o contato com estas pessoas quando em uma oportunidade numa roda de
amigos no bar da faculdade, fui questionado se tinha interesse em acompanhar as
categorias da escolinha de futebol do Juventude, coordenada desde então pelo
professor Jonas da Rosa, uma pessoa de muito caráter, a qual tenho muito
respeito pelo trabalho que realiza e pela forma como trata os profissionais que
por ali passam, encaminhando-os para o universo do futebol. Com muito
entusiasmo, aceitei o convite e no ano de 2005 iniciei um trabalho como
voluntário nas categorias de iniciação do Juventude, evoluindo dentro do clube
aos poucos e dando continuidade até os dias atuais.
3-Fale de suas duas passagens pelo
Juventude?
Em um primeiro momento, ainda acadêmico de Educação Física da
Universidade de Caxias do Sul, tive diversas oportunidades de aprender e
utilizar toda a estrutura do clube como um laboratório para aplicar e
experimentar tudo que aprendia dentro do próprio clube e também na faculdade.
Vivenciando intervenções dentro das mais diversas categorias do clube entre
Sub-10 e Sub-14 em funções como técnico, preparador de goleiros, preparador
físico, auxiliar técnico etc.. Tudo isto aconteceu entre os anos de 2005 e
2008. Na minha segunda passagem pelo clube, após uma experiência muito
interessante em Portugal, onde pude aprender muito, recomecei no ano de 2010
novamente como acadêmico da Universidade na categoria Sub-14 já na função de
preparador físico, função que defini no passar do tempo. Neste mesmo ano, em
Março, a categoria Sub-17 apresentava-se para a pré-temporada preparatória para
o Gauchão da categoria e também a Copa FGF no segundo semestre, com uma certa
necessidade de um auxiliar na comissão técnica, mais precisamente na preparação
física, fui convidado a fazer parte deste elenco. E a partir daí, exercendo a
função de auxiliar até o final do ano. Nos dois anos seguintes 2011 e 2012,
assumi a categoria Sub-15, onde fizemos excelentes campanhas e em 2013 a
comissão assumiu a categoria Sub-17.
4-Por quê um grande clube como Juventude caiu tanto nos últimos anos?
Esta é uma questão muito difícil de explicar até mesmo para quem
trabalha lá dentro. Quando entrei no clube estava na Série A do Brasileiro e em
uma questão de poucos anos chegou a disputar a Série D. Mas uma coisa que temos
que entender é que o futebol também é feito de momento, bons e ruins, o
Juventude acabou vivendo momentos difíceis em uma sequência de tempo muito
curta.
5-Como foi parar em Portugal?
Apos começar a trabalhar com o Futebol, vendo sempre grandes espetáculos
fora do país e todo aquele assédio à profissionais deste ramo para a Europa,
comecei a semear uma possibilidade de conhecer lá fora! E sou assim, quando
coloco alguma coisa na cabeça, ou ela acontece, ou ela acontece! Então comecei
a pesquisar as possibilidades de fazer alguma viagem para o exterior,
conhecendo pessoas e fazendo novos contatos que pudessem colaborar com este
projeto. Foi então que descobri um grande amigo de infância morando em Portugal
e fazendo um trabalho de formação com crianças em um clube na cidade de Lisboa.
Até que conversamos muito e consegui com que ele me oportunizasse um estágio ou
qualquer intervenção na sua escola. Minha namorada, Rejane, que na época
estávamos juntos há 2 anos também achou a ideia interessante porque também
queria conhecer o exterior, e resolveu ir comigo, facilitando a coragem. E o
sonho se realizou.
6-Qual divisão pertencia o Esporte Clube Linda a Velha e como foi o
trabalho?
O Linda-a-velha é um clube distrital como chamam por lá, aqui no Brasil
é como se fosse um clube profissional que não participa de nenhuma divisão nacional,
mas que pode brigar por vaga. O trabalho com este meu amigo eu considero de
grande valia, pois como fui sem pretensão alguma, a oportunidade que ele me deu
de acompanhar o seu trabalho com a mulecada me fez aprender mais algumas coisas
que ainda não tinha vivenciado no Brasil, principalmente o Futebol não sendo o
principal esporte praticado pela comunidade, entre outras metodologias e
trabalhos realizados por lá.
7-Em Portugal o preparador físico é mais valorizado do que no Brasil?
Esta é uma questão que fica fora do meu alcance e não vou conseguir
responder, primeiro porque não cheguei a ser um preparador físico no país e
segundo que são realidades totalmente diferentes de valorização.
8-Qual foi o motivo de sua saída de Portugal?
O principal motivo que me fez retornar ao Brasil foi principalmente o
fato de ainda não ter concluído a minha formação acadêmica, além disso, eu
sabia que trabalhar diretamente em um clube como eu já fazia no Brasil
necessitaria não só de uma boa formação, como também experiência na função e
bons contatos, o que eu ainda não possuía.
9-Como é sua metodologia de trabalho como preparador físico?
Procuro estar sempre me atualizando com o que há de mais moderno, lendo
artigos, publicações recentes de grandes profissionais desta área e também
conversando com os colegas de clube. Não posso dizer que a minha metodologia é
"tal", prefiro estar sempre ressaltando que não existe uma
metodologia correta, e sim o que há de mais moderno.
10-Qual foi o motivo de sua saída do Juventude agora em 2013?
O Juventude foi o clube onde mantive um vínculo de quase 10 anos, uma
década em um clube pode ser muito bom, como também pode ser uma forma de se
acomodar em algumas situações, principalmente porque o Juventude é um clube
muito bom de trabalhar. Mas o principal motivo que me fez sair foi a proposta
que recebi, analisei como um salto principalmente pelo fato de estar ao lado de
um dos grandes treinadores que já tive a oportunidade de trabalhar que é o
Carlos Moraes.
11-Qual é o projeto do São Gabriel para 2014? E quando inicia-se os
trabalhos?
O projeto é muito interessante, é um novo clube com pessoas novas e
também com muitos que já viveram o grande momento do São Gabriel no passado,
principalmente o presidente. O objetivo é subir, é claro! Não podemos pensar em
outra coisa, e para isto o planejamento começou muito cedo. A pré-temporada
inicia no dia 3 de Fevereiro.
12-Algo de inusitado ocorreu na sua carreira?
De inusitado nada, apenas muito tiro na lua, que até agora a pontaria está
boa.
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