"De Cara a Cara"

O "De Cara a Cara" de hoje irá entrevistar o treinador Julio Peixoto, porém conhecido no mundo do futebol como "Peixoto", ele começou a trabalhar no futebol como preparador fisíco em 1983, porém a carreira durou pouco, e em 1989 Peixoto decidiu virar técnico e conseguiu seu primeiro clube graças a indicação de um treinador chamado Ednaldo Patricio, assim desde 1989 até 2011 Peixoto trabalhou no Mundo Arábe, e tem história para contar.

Atualmente está sem time e procura alguma oportunidade no Brasil.

Nome: Julio Peixoto
Preparador Fisíco: Flamengo, América_RJ, Flamengo e Juventude-RS.
Coordenador de Base: Botafogo

Técnico: Al-Qafar Sports Club-ARA, Al-Tadamum Sports Club-BA, Al-Riffa-BA, Seleção do Bahrein, Seleção do Bahrein-Sub 20,  Arabi Sports Club.


"De Cara a Cara"



1-Quando começou a ter interesse pelo futebol?




Durante o meu curso de Educação Física, na Universidade.





2-Por que não foi jogador?



Porque comecei cedo (14 anos) a minha vida militar (inicio dos estudos para sair oficial do Exército Brasileiro).





3-Alguém da sua família trabalha ou trabalhou no futebol?



Não.





4-Como conseguiu seu primeiro clube?



Através de um grande amigo (considero meu irmão) chamado Ralf. Ele foi da minha turma no Exército (1º Tenente) e na Universidade de Educação Física. Nesta época ele trabalhava no Clube de Regatas do Flamengo, como preparador físico e me convidou para ser auxiliar dele.





5-Como era o trabalho de preparador físico?



Eu gostava muito, pois é um trabalho científico e importante no futebol.





6-Algo de inusitado aconteceu na sua carreira?



Foi em um país chamado Bahrain (Mundo Árabe) que eu perdi a final de 0 x 1 e no dia seguinte que eu estava muito triste, o meu manager me ligou dando os parabéns pelo título. Aconteceu que o Emir (presidente do país) estava no estádio vendo o jogo e a torcida adversária jogou um “tomate” nele e por este motivo ele ficou muito irritado e cancelou o jogo e deu a vitória para o meu time e consequentemente o título.





7-Me fale de seu trabalho no Flamengo e no Juventude?



Nestes clubes eu fui preparador físico. No Flamengo foi muito importante, porque foi meu primeiro clube e começar em um grande clube é bom demais. No Juventude foi muito interessante porque na época tinha muita vontade de trabalhar no futebol do Sul, porque falavam que lá o treinamento físico era o melhor do Brasil.





8-E como foi ser coordenador de base do Botafogo?



Foi outra experiência interessante, porque tive a oportunidade de trabalhar com jovens que sonham em ser um grande jogador e por este motivo são disciplinados e dedicados, com isto fica tudo fácil e encantador.







9-Como conseguiu virar treinador e qual foi seu primeiro clube?



Foi na Arábia Saudita através de uma indicação de um treinador, que já trabalhava lá e se chama Ednaldo Patrício. O Clube era de 2ª Divisão com o nome de Al Qafar Sports Club.





10-Como é estar no mundo árabe desde 1989?



Particularmente eu e minha família nos adaptamos bem e adoramos, porque é um lugar muito seguro e com uma qualidade de vida muito boa.





11-Houve muitas mudanças no mundo árabe?



Sim, pois a evolução tecnológica é constante e assim tudo cresce rápido porque eles têm muito dinheiro. Outra mudança é na cultura, porque as mulheres as poucos estão conquistando espaço.





12-Me fale de sua passagem pela Seleção do Bahrein e por que saiu de lá?



Eu era treinador da seleção sub 20, depois fui para a principal. Eu saí porque recebi uma proposta muito boa para assumir um clube neste mesmo país chamado East Riffa.





13-Como foi no East Riffa?



Quando eu assumi este clube estava na zona rebaixamento de um campeonato de 12 clubes. Fizemos um bom trabalho, saímos da zona de rebaixamento e conseguimos chegar em 5º lugar.





14-Como está no Arabi Sports? Vai continuar ou vai sair de lá?

Não estou mais lá, pois quero dar um tempo no Mundo Árabe e tentar algo aqui no Brasil.