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quinta-feira, 11 de julho de 2013

A decepção

O técnico Dunga foi uma das pessoas mais massacradas pela mídia e pela opinião pública. O auge da indignação foi na Copa do Mundo de 2010. Todos achavam um absurdo Neymar e Ganso, então duas promessas, ficarem fora da lista do Mundial. Havia uma lista de cinco jogadores que ficavam na suplência e seriam acionados se algum convocado se machucasse. Nessa lista Ganso estava. 
Passados três anos da Copa da África do Sul, Neymar é um ídolo nacional, foi eleito o maior jogador da Copa das Confederações e contratado a peso de ouro pelo poderoso Barcelona. Já Ganso, com muita dificuldade, tenta se manter como titular do São Paulo.
Antes o problema dele era físico. Não conseguia ter uma sequencia de jogos porque estava sempre machucado. Agora não. Ganso parece não ter ambição em campo. Não vibra, não luta. Seus passes laterais não lembram nem de longe aquelas assistências decisivas que dava na época do Santos. Seus gols importantes não acontecem mais. 
É lógico que se deve insistir em um jogador que já demonstrou muita qualidade como Ganso. Mas com o tempo passando fica difícil imaginar que o São Paulo fez um bom negócio desembolando mais de R$ 23 milhões para tira-lo do Peixe.

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A melhor contratação que o Corinthians fez neste ano é Renato Augusto. Meia rápido, habilidoso, chega bem ao gol adversário e ainda ajuda na marcação. Porém, ele não consegue emendar uma sequencia de jogos. Está sempre machucado. Dessa vez foi azar mesmo. Recebeu uma cotovelada no jogo contra o Bahia e voltou a ter um problema no rosto. Renato Augusto merece até ser olhado com carinho pelo técnico da seleção brasileira, Luis Felipe Scolari. Mas antes de qualquer coisa ele precisa jogar.

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O lutador de MMA, Anderson Silva, brincou com a sorte. Uma coisa é tentar desestabilizar o adversário. Outra é menospreza-lo. E foi o que ele fez diante de Chris Weidman. Não era necessário fazer malabarismos, baixar a guarda, etc. A melhor forma de provar que é bom é vencendo. Anderson precisa entender que é um ídolo por conta de suas vitórias no esporte e não por zombar dos rivais. Falta de humildade não combina com um campeão. 
  • COLUNA MARCEL CAPRETZ DA SEMANA‏


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