Neymar sempre foi marcado por sua habilidade nos campos e por sua irreverência fora deles. Os termos "ousadia e alegria" até foram eternizados em uma música do seu amigo, o pagodeiro Thiaguinho. Porém, de uns meses para cá, o craque santista não tem demonstrado essa mesma empolgação. É verdade que todo o time do Santos está passando por uma fase sem brilho. Mas está sendo cada vez mais raro ver Neymar decidir jogos, 'malandrear' com a bola nos pés, enfim, fazer tudo aquilo que esperamos de um grande craque.
O preço que ele paga por ficar no Brasil, sabemos, é muito alto. Para ter seu salário merecidamente milionário, Neymar tem que gravar propagandas, participar de eventos corporativos e atender patrocinadores. Tudo isso demanda tempo e gera estresse. Neymar poderia usar esse tempo para descansar, treinar mais ou até mesmo se distrair, já que é fundamental estar com a cabeça fresca para desempenhar bem o trabalho em qualquer setor profissional.
Que o staff do astro do Peixe entenda que mais importante do que o faturamento atual é o futebol jogador por Neymar. O grande investimento é ele continuar brilhando nos gramados. Caso contrário, lá na frente, os patrocinadores que hoje surgem facilmente vão desaparecer.
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O técnico da seleção brasileira, Luis Felipe Scolari, acertou em cheio na sua última convocação. Trouxe Kaká e deixou Ronaldinho Gaúcho fora. Cada jogador se comporta e reage de uma maneira quando defrontado com uma adversidade. O meia do Real Madri é do tipo que precisa se sentir querido, acreditado para render bem. Já Ronaldinho sempre se deu melhor quando foi colocado em xeque, quando teve alguém duvidando de sua capacidade. Com isso, Felipão pode estar garantindo ambos em ponto de bala para os próximos meses. E o que mais essa atual seleção brasileira vai precisa é jogador experiente motivado.
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O técnico Dunga fez um grande trabalho a frente da seleção brasileira. Ganhou tudo. Menos a Copa do Mundo. Por isso ficou marcado negativamente do imaginário do torcedor. Outro ponto que chamou a atenção no seu trabalho foi a mania de perseguição. Para ele, todos estavam contra a seleção. Principalmente a imprensa. Esse clima bélico tumultuou o vestiário da equipe. Agora, depois de quase três anos, Dunga volta a comandar um time e repete o mesmo erro. No último final de semana foi expulso de um jogo do Internacional e saiu dizendo que os árbitros se reuniram com o objetivo de expulsa-lo. Menos, Dunga! Esqueça os fatores externos e se concentre mais no seu trabalho! Daqui a pouco, ninguém mais vai acreditar em suas reclamações!
COLUNA MARCEL CAPRETZ DA SEMANA
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