É duro admitir. Mas hoje nossa seleção de futebol não está nem entre as dez melhores do mundo. Somos o país do futebol, o único que tem cinco conquistas de Copa do Mundo no currículo, porém atualmente só há o que relembrar de bom do que foi feito no passado, já que o presente é triste e o futuro preocupante.
No retorno do técnico Luis Felipe Scolari ainda não houve vitória: dois empates (contra Rússia e Itália) e a derrota na reestreia para a Inglaterra. E em nenhum desses três amistosos o Brasil jogou bem. Em nenhum mereceu a vitória. Sei que quando a seleção se reúne não há tempo para treinar e com isso o entrosamento fica praticamente impossível de ser obtido. Mas mesmo assim é inadmissível tomar sufoco de uma seleção sem tradição nenhuma, como a da Rússia.
A atual geração é muito boa. Tem talento. Só que é muito jovem. Inexperiente. Oscar, Neymar, Lucas são grandes jogadores, porém complica depositar neles todas as fichas para a Copa do Mundo. E os experientes como Kaká, Luis Fabiano e Ronaldinho Gaúcho não conseguem se firmar. Na última Copa que ganhamos, em 2002 com Felipão, o momento também era terrível. Só que tínhamos Ronaldo e Rivaldo querendo mostrar ao mundo que eram craques. Tenho medo para 2014...o momento mostra que o raio pode não cair duas vezes no mesmo lugar.
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O clima no São Paulo não é bom. Lúcio e Ganso reclamaram por ser substituídos. O técnico Ney Franco teve que dizer publicamente que quem manda é ele. Luis Fabiano afirmou que estão minando dentro do próprio clube o trabalho dele e que não há motivos para comemorar gols. Apesar da boa campanha na primeira fase do Paulistão, tudo pode se acalmar ou piorar dependendo dos próximos dois jogos na Copa Libertadores. Se houver a classificação às oitavas-de-final o elenco pode se inflamar e partir rumo ao título. Porém, se vier a eliminação a diretoria terá que escolher entre o técnico Ney Franco e alguns jogadores descontentes. Eles não conseguirão mais trabalhar juntos.
COLUNA MARCEL CAPRETZ DA SEMANA
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