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quarta-feira, 20 de março de 2013

Crise no São Paulo


O futebol é mesmo dinâmico, rápido e sem verdades absolutas. O São Paulo foi campeão no final do ano passado da Copa Sulamericana. O time vinha bem demais e fez, também, uma excelente reta final de Campeonato Brasileiro. Mas bastaram alguns poucos meses para tudo mudar. O antes prestigiado (no sentido verdadeiro da palavra) técnico Ney Franco agora é criticado e está na berlinda. Qualquer tropeço, principalmente na Libertadores, e ele será mais um na lista dos desempregados do Brasil. 
É fácil criticar o técnico. Difícil é lembrar que o principal jogador do time no ano passado foi vendido e não houve reposição. Desde o meio do ano sabia-se que Lucas estaria na França neste ano e a diretoria não conseguiu em seis meses buscar uma peça para compensar sua saída. Sem falar que alguns jogadores que terminaram a temporada passada jogando muito estão apenas vagando pelo campo em 2013. Casos de Luis Fabiano, Denílson, Cortez, Douglas e até mesmo o goleiro, mito, capitão, artilheiro e ídolo maior Rogério Cêni que está falhando demais. Jogadores que foram contratados para resolver, como Lúcio e Ganso, também estão devendo.
A diretoria tricolor deve ponderar sobre tudo isso antes de tomar qualquer atitude com relação a Ney Franco. O exemplo mais próximo está na própria capital paulista, no Corinthians. Tite foi mantido quando todos queriam sua cabeça e deu no que deu: títulos Brasileiro, Libertadores e Mundial. O São Paulo que sempre pregou ser diferenciado por dar respaldo a seus treinadores, manter a filosofia de trabalho independentemente de maus resultados, precisa olhar para seu vizinho da Zona Leste. De uns tempos para cá os técnicos que passam pelo Morumbi tem tudo, menos tranquilidade para trabalhar.

COLUNA MARCEL CAPRETZ DA SEMANA‏

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