Não sou contra torcida organizada. Pelo contrário. Gosto da festa que elas fazem, considero interessante o amor que os integrantes tem pelo clube e até a presença delas no carnaval me agrada. Isso resume a maior parte dos membros das organizadas. Mas infelizmente temos uma pequena parcela, a minoria, que estraga tudo.
Não vou me conformar nunca com qualquer ser humano perdendo a vida em função do futebol. Não quero nem entrar no mérito de que jogador não está nem aí se o time ganha ou perde. O que realmente importa nesta discussão é a banalização da violência com que atuam marginais infiltrados nas uniformizadas. É inconcebível para qualquer pessoa minimamente civilizada agredir outra só porque ela torce para outro time.
E não adianta a Federação Paulista de Futebol “banir” as torcidas. Elas não terão as camisas, mas continuarão presentes nos estádios da mesma maneira. Nem fechá-las resolve. Elas retomam com outro nome. E se pegarmos as recentes brigas todos acontecem muito longe dos estádios.
A mudança tem que ser na lei. O sentimento de impunidade é que motiva esses marginais a continuar usando a paixão pelo futebol como pretexto para cometer barbáries. Quem brigar, bater, matar tem que ir para a cadeia. Pagar pelo que fez. Caso contrário ouviremos sempre as mesmas explicações das autoridades e continuaremos vendo funerais após clássicos de futebol.
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Muitos torcedores corintianos torceram o nariz para o time no início do Campeonato Paulista. A alegação era a preguiça, a morosidade com que o Coringão enfrentava as equipes do interior de São Paulo. Mas com a chegada dos clássicos tudo mudou. A equipe do técnico Tite continua vencendo na maioria das vezes pelo placar mínimo. Só que não há como contestar essas vitórias. O poder de decisão de um ataque com Emerson Sheik, Liedson, mesmo machucado e Danilo é impressionante. O Corinthians é hoje o time mais pronto do Brasil. A confiança pelo recente título nacional ajuda muito. É só agora a pressão por nunca ter conquistado uma Libertadores não entrar em campo para atrapalhar toda essa boa fase.
COLUNA MARCEL CAPRETZ
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