Translate

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Ainda não é o fim da lenda

A história do São Paulo é gloriosa. Clube brasileiro que tem mais
títulos em menos tempo de existência. Seis vezes campeão nacional,
três vezes da Copa Libertadores e o único time do país que ergueu a
taça do Mundial de Clubes em três oportunidades. Neste cenário todo,
não tenho receio nenhum em cravar: o goleiro Rogério Ceni é o maior
nome de todos os tempos da equipe tricolor.
Rogério só defendeu as cores do São Paulo em sua carreira. Isso é
raro. Praticamente uma utopia nos dias atuais. E ele nunca se
conformou em ser apenas mais um. Enquanto Zetti era titular, na década
de 90, Ceni treinava cobrança de faltas, buscando ter um diferencial
com relação aos demais. E quando assumiu definitivamente a camisa 1,
Rogério mostrou técnica, liderança e determinação que fizeram o
torcedor ter a certeza que alí não estava somente um goleiro.
Até a consagração, porém, Rogério sofreu. Foi apenas campeão paulista
em 1998, 2000 e 2002 e campeão do Rio-São Paulo em 2001. Teve que
aguentar a própria torcida atirar pipoca e chamar o time de amarelão
após uma sequencia de derrotas para o rival Corinthians em partidas
decisivas.
A real redenção do goleiro-artilheiro começou em 2005. O título
estadual foi um abre-alas para as conquistas da Libertadores e do
Mundial. Depois, o tricampeonato brasileiro só ratificou a sua
condição de ídolo. Em todos esses títulos, ele teve um papel decisivo.
Rogério é um exemplo de dedicação e amor a camisa. Sempre treinou
muito mais que os demais. E quase nunca se machucou. A atual lesão
dele é só uma pausa e não um encerramento. Ceni tem pelo menos mais
dois anos de futebol em alto nível. E ele ainda tem que orientar
Denis, que não está pronto para ser titular. Fique tranquilo, torcedor
são-paulino: o mito continuará jogando por você.
 
Marcel Capretz
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário