A história do São Paulo é gloriosa. Clube brasileiro que tem mais títulos em menos tempo de existência. Seis vezes campeão nacional, três vezes da Copa Libertadores e o único time do país que ergueu a taça do Mundial de Clubes em três oportunidades. Neste cenário todo, não tenho receio nenhum em cravar: o goleiro Rogério Ceni é o maior nome de todos os tempos da equipe tricolor. Rogério só defendeu as cores do São Paulo em sua carreira. Isso é raro. Praticamente uma utopia nos dias atuais. E ele nunca se conformou em ser apenas mais um. Enquanto Zetti era titular, na década de 90, Ceni treinava cobrança de faltas, buscando ter um diferencial com relação aos demais. E quando assumiu definitivamente a camisa 1, Rogério mostrou técnica, liderança e determinação que fizeram o torcedor ter a certeza que alí não estava somente um goleiro. Até a consagração, porém, Rogério sofreu. Foi apenas campeão paulista em 1998, 2000 e 2002 e campeão do Rio-São Paulo em 2001. Teve que aguentar a própria torcida atirar pipoca e chamar o time de amarelão após uma sequencia de derrotas para o rival Corinthians em partidas decisivas. A real redenção do goleiro-artilheiro começou em 2005. O título estadual foi um abre-alas para as conquistas da Libertadores e do Mundial. Depois, o tricampeonato brasileiro só ratificou a sua condição de ídolo. Em todos esses títulos, ele teve um papel decisivo. Rogério é um exemplo de dedicação e amor a camisa. Sempre treinou muito mais que os demais. E quase nunca se machucou. A atual lesão dele é só uma pausa e não um encerramento. Ceni tem pelo menos mais dois anos de futebol em alto nível. E ele ainda tem que orientar Denis, que não está pronto para ser titular. Fique tranquilo, torcedor são-paulino: o mito continuará jogando por você.
Marcel Capretz
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