Em reta final de Campeonato Brasileiro é comum os palpites mudarem a cada rodada. Basta uma vitória ou um tropeço para que o torcedor vá do céu ao inferno. Do sonho de uma conquista ao desespero da perda de um título. Porém nós, analistas esportivos, devemos buscar incessantemente a coerência.
É claro que o empate do Corinthians em Salvador com o Vitória deixou tudo mais difícil para o Coringão. Mas mesmo assim continuo apontando o alvinegro de Parque São Jorge como favorito para erguer o caneco. Explico o porquê: mesmo sem Ronaldo, o Timão vai vencer os seus próximos dois jogos - o desmotivado Vasco no Pacaembu e o já rebaixado Goiás no Serra Dourada. Já o Fluminense vai desperdiçar pontos no meio do caminho.
Não dou como certa uma vitória do Flu sobre os reservas do Palmeiras. Quem entrar na equipe palmeirense vai querer mostrar trabalho ao treinador Luiz Felipe Scolari. Sem falar que podemos sim ter algum tipo de incentivo financeiro – ‘mala branca’ não é ilegal – aos jovens jogadores que entrarem em campo com a camisa alviverde.
E na última rodada, o Guarani pode ainda estar vivo na luta contra o rebaixamento e esse sim, com certeza mais turbinado financeiramente do que o Palmeiras por questões óbvias de rivalidade com o Corinthians, atrapalhar o time de Muricy Ramalho. Ou você se esquece que o Fluminense quase perdeu do combalido Goiás há duas rodadas em pleno Engenhão?!
É bom os corintianos erguerem a cabeça. Nada está perdido. O futebol é dinâmico. Quem chorou na Bahia, pode rir em Goiás, depois do último jogo do campeonato.
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O primeiro passo para a tardia reformulação do elenco do São Paulo foi dado: Richarlyson, após mais uma patética expulsão, não veste mais a camisa do clube do Morumbi. Jorge Wagner é outro que não fica.
Ciclos vitoriosos também chegam ao fim e é necessário compreender isso. Para que as glórias não venham apenas do passado. Torcedor vive de presente!
Coluna de: Marcel Capretz
História: Atualmente trabalha na rádio 105 FM.
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