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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

“Inusitado Futebol Clube”

Hoje você vai conhecer Bangladesh, um país cujo território é um pouco maior do que o Amapá possui 156 milhões habitantes, e um grande índice de desigualdade, já que 44 milhões de habitantes, ou melhor, 28,5% de sua população são analfabetas.

Bangladesh fez parte da Índia, mas para você entender um pouco mais, saiba que devido aos conflitos hindus e muçulmanos na década de 1940, a Índia, tinha que ser dividida, obtendo em 1947, a sua independência da Inglaterra. Com isso criou como nação independente o Paquistão, com Bengala sendo dividida em dois países, Bengala Ocidental estado da Índia, e Bengala Oriental tornou-se Paquistão Oriental, sendo separado pelo Paquistão Ocidental.

Os orientais eram maior parte da população, mas os ocidentais controlavam o governo e as forças armadas. Em 1970, houve eleições no Paquistão para escolher uma assembleia que faria a legislação e redigiria outra constituição, os Paquistaneses orientais protestaram e uma guerra civil foi declarada, culminando em muitas mortes e na independência do Paquistão Oriental em Bangladesh, no dia 26 de Março de 1971.
Sua população é de maioria Muçulmana, cerca de 85%, e o hinduísmo representa apenas 13%, além de seus aspectos físicos e culturais ser compartilhada com a região de Bengala Ocidental, pertencente a Índia.

Deixando um pouco a história de Bangladesh de lado, e falando de futebol, ele não é o número um do país, que possui o críquete como principal esporte. Está longe de ser uma potência no futebol, já que é apenas o número 173º do ranking da FIFA, se filiando em 1972 a entidade.

Argentino Ariel Colman durante treino.
Em entrevista ao Blog do Futebol, o treinador e preparador físico Argentino Ariel Colman, trabalhou na seleção de Bangladesh em 2008/2009, e foi campeão nacional pelo Sheikh Jamal Dhanmondi Club, nas temporadas de 2013/2014 e 2014/2015, diz “os atletas de Bangladesh tem pouca visibilidade, porque o futebol não é popular, lá a televisão não dá importância, não se vê como um grande negócio, e não há agentes que trabalham com atletas”.

Já o jogador Brasileiro Fabinho Prates, com passagem pelo futebol europeu, atuou no Brothers Union, um clube médio local entre Outubro de 2012 a Maio de 2013, diz que chegou através de um empresário, e mesmo sem conhecer o país, aceitou o desafio.

O futebol de Bangladesh possui duas divisões, a primeira com 11 clubes, e a segunda com 10 clubes, alguns possuem estrutura como Centro de Treinamento e estádio, mas outros sequer possuem centro de treinamentos.

“Os atletas de Bangladesh tem pouca visibilidade, porque o futebol não é popular, lá a televisão não dá importância, não se vê como um grande negócio, e não há agentes que trabalham com atletas”, Ariel Colman.

“Os clubes grandes pagam geralmente acima de 4 mil dólares, mas a média salarial depende muito do clube”, segundo o atleta Fabinho. O time mais popular do país é o Abahani, equipe da capital Dacca, que venceu o primeiro campeonato profissional em 2007.

Fabinho em ação pelo Brothers Union.
“Eles não concentram, seguem direto para o jogo, e teve uma vez que não fomos de ônibus para o estádio porque era perto, e acabamos indo de Tuk Tuk, um tipo de moto coberta muito popular na Índia”, revela Fabinho, na época de Brothers Union.
Apesar da pequena passagem, Fabinho Prates revela que se adaptou rápido ao país, e não teve dificuldades com a cultura, “mesmo com a comida sendo muito apimentada, eles gostam muito de sopa e também possuem um pão típico, além de durante as refeições, não costumam utilizar talheres”. Quanto a Brasileiros, Prates revela que havia mais um em sua equipe, e outros dois em duas equipes.

Outro fator que impressionou o Brasileiro foi à receptividade das pessoas, que quando costumam gostar da outra, andam de braços dados pelas ruas.
Fabinho saiu da equipe porque não tinha chance de ser campeão e nem de rebaixamento, então achou melhor tentar novos desafios, chegando a atuar até na Estônia, mas atualmente retornou ao Brasil e está em busca de uma nova equipe para atuar.



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