Técnico de futebol é hoje supervalorizado no Brasil. Ganham muitas vezes salários maiores até que o dos jogadores. É verdade que após qualquer tropeço eles são os primeiros a perderem o emprego. Mas em caso de vitória são elevados a condição de ídolo, sendo mais reconhecidos do que os próprios atletas. Dirigente de futebol usa esse artifício para transferir responsabilidade.
Logo após perder vergonhosamente de 6 a 2 para o Mirassol, muitos conselheiros do Palmeiras queriam a queda do técnico Gilson Kleina. Acertadamente, ele não foi tirado do cargo. Até porque haveria uma multa e o mercado anda escasso. E com ele no comando, o Verdão vai dando a volta por cima.
Porém não é porque havia sido goleado que Kleina era péssimo e não é porque agora vive um bom momento que ele é o melhor do mundo. Os maiores méritos e deméritos são dos jogadores. São eles que entram em campo. Eles são os maiores responsáveis pelos resultados. Positivos ou negativos.
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O time do Corinthians precisa entender que a temporada 2013 já começou faz tempo. Os jogadores parecem saciados com as conquistas do ano passado. O sucesso de ontem não garante a vitória de hoje. O Coringão parece jogar bem apenas quando acha conveniente. Qualidade técnica e bom entrosamento esse grupo já provou que tem. Mas está faltando aquele fome de conquistas vista nos últimos campeonatos.
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Neymar se mostra cada vez mais irritado com as cobranças que vem sofrendo. E pelo preço que paga pela fama. O deslumbramento do início de carreira parece não existir mais. Claro. Neymar é um ser humano. O melhor para todos seria que ele saísse o quanto antes para o futebol europeu: ele ganharia maturidade, o Santos lucraria com a venda e a seleção brasileira teria um jogador melhor preparado.
COLUNA MARCEL CAPRETZ DA SEMANA
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