Enquanto os árbitros de futebol não forem profissionais vai
ser difícil cobrá-los. Erros de interpretação sempre vão acontecer. Sou contra
a tecnologia decidindo se a bola entrou ou não, por exemplo. Mas é inadmissível
que com o futebol sendo um negócio que envolve não só a paixão, como também
muito dinheiro, a pessoa que tem o maior poder de decisão dentro das quatro
linhas tenha que ter outra atividade profissional.
O árbitro é empresário, engenheiro, médico, professor e nas
horas vagas se dedica ao futebol. São raríssimas exceções que conseguem
sobreviver apenas com o que ganham com o apito na boca. Fica difícil ter o
tempo ideal para se preparar física, técnica e psicologicamente. Resta saber até
quando será conveniente para os que mandam no futebol terem os árbitros como
semi-profissionais.
*
O Santos sem Neymar em campo é um time medíocre. Já com ele
é uma equipe capaz de brigar pelo título de qualquer campeonato que disputar. É
verdade que o técnico Muricy Ramalho não conseguiu montar um esquema eficiente
que suprisse a ausência de sua maior estrela. Porém, fica difícil tentar
qualquer coisa quando se tem Miralles e Bill.
Neymar emana uma energia que contagia a todos. Ao lado dele,
até Ganso fica mais vibrante e André parece ser mais goleador do que realmente
é. Está mais do que claro: o Santos Futebol Clube vive hoje a
‘neymardependência’.
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Na última semana, o goleiro Rogério Ceni foi alvo de piada
por ter feito um gol-contra. O mito são-paulino pode falhar quantas vezes for
que sua moral jamais será abalada. Ele tem crédito. Como Marcos, ex-Palmeiras,
que foi mal no jogo mais importante da história do clube, na final do Mundial
de 1999, contra o Manchester United.
Rogério é disparado o jogador mais importante da história do
São Paulo. Que goleiro joga a carreira toda em um mesmo clube e marca mais de
cem gols? Quem tira sarro só pode ter inveja disso!
COLUNA MARCEL CAPRETZ
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