O Santos vive uma fase de transição. Depois de vencer nos últimos anos tudo o que entrou de corpo e alma para disputar – exceção ao Mundial do ano passado, quando foi triturado pelo Barcelona – o Peixe sabe que terá pela frente dias difíceis.
Elano está sem o menor clima para continuar na Vila Belmiro; Paulo Henrique Ganso vive em pé de guerra com a diretoria, que tenta na marra renovar seu contrato; o lateral-esquerdo Léo só agrada com discursos vazios e lampejos de raça, futebol que é bom nada, e a zaga segue exposta com Durval e Edu Dracena lentos no desarme e na cobertura.
Para manter Neymar, o Santos abre mão de reforços de peso. Não há dinheiro para as duas coisas no clube. O técnico Muricy Ramalho deu a volta por cima três vezes quando dirigia o São Paulo: era eliminado da Libertadores e vencia o Brasileirão. Porém, o cenário santista não é dos mais animadores. Neymar, Ganso e o goleiro Rafael vão disputar as Olimpíadas e desfalcarão a equipe. Depois do tricampeonato paulista, dos títulos da Copa do Brasil e da Libertadores, prevejo seca na Baixada.
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A seleção espanhola não para de encantar o mundo. Foi incontestável a maneira com que a Eurocopa 2012 foi vencida. A final contra a Itália lembrou Barcelona x Santos no Mundial do ano passado. Os italianos, assim como os santistas, sabiam que a derrota era inevitável e merecida.
Eu acreditava que, enfim, a atual geração da Alemanha fosse desencantar. Já havia batido na trave na última Copa do Mundo e na Eurocopa de 2008. Mas no final prevaleceu a melhor geração de todos os tempos que o futebol espanhol já produziu. Com um futebol de toque de bola, paciência e agilidade, a Espanha mostra a cada campeonato que é a seleção mais poderosa do mundo.
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A diretoria do Botafogo está imaginando que apenas com a chegada de Seedorf vai sair da fila de títulos. Estão errados! O holandês é um grande jogador, mas está em final de carreira. Para formar um time campeão é necessário ter jogadores de qualidade em todas as posições. Não basta ter um jogador acima da média e esperar que ele resolva sozinho. Logo a euforia da torcida com a chegada do ex-jogador do Milan acaba e a ficha acaba caindo.
COLUNA MARCEL CAPRETZ
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