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sábado, 21 de julho de 2012

Quando surge o imponente!


O título da Copa do Brasil 2012 representa para o Palmeiras muito mais do que um troféu para a galeria do clube. Muito mais do que uma vaga na Copa Libertadores do ano que vem. Representa o retorno da auto-estima do palmeirense. O retorno da grandeza, da moral, da dignidade. O Verdão, enorme e glorioso em sua história, não pode ficar treze anos sem uma conquista importante.
E não é porque foi campeão que o atual time palestrino é o melhor do mundo. Pelo contrário. A equipe do técnico Luis Felipe Scolari é limitadíssima. E é aí que a conquista ganha mais dramaticidade, mais emoção para o torcedor.
O atacante Betinho, por exemplo, fez um contrato de risco com o Palmeiras: apenas três meses para mostrar se tem condição de jogar em um time grande. E foi justo ele, que era visto com desconfiança pela própria diretoria que o contratou, quem acabou fazendo o gol do título e sofreu o pênalti para o gol de Valdívia no primeiro confronto.
No gol, Bruno e Deola não são excepcionais. Mas são palmeirenses de corpo e alma. A defesa, com Thiago Heleno, Maurício Ramos e Leandro Amaro, esbanja raça e vontade. Marcos Assunção se emocionou como um juvenil com a conquista. Valdívia superou problemas particulares para ser campeão. E Felipão venceu as dificuldades, internas e externas, no peito. Quando deixou de lado as desavenças com dirigentes e se focou exclusivamente no time os resultados apareceram. O treinador sempre foi o mais palmeirense de todos ao manter sua palavra e permanecer no Palmeiras, mesmo com propostas de outros clubes para ganhar mais e ter mais estrutura de trabalho.
Que o título da Copa do Brasil seja o primeiro passo para o Verdão reconquistar seu lugar de destaque no futebol brasileiro. O clube precisa se organizar, se unir mais. O planejamento para a Libertadores 2013 já começa agora. Quem será o treinador no ano que vem? O presidente que assumir em janeiro vai dar prosseguimento ao trabalho feito agora ou vai mudar tudo? As próximas atitudes mostrarão se a comemorada conquista de 11 de julho foi apenas um acaso.

COLUNA MARCEL CAPRETZ


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