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terça-feira, 1 de maio de 2012

Tite foi precipitado

O ponto alto do trabalho do técnico Tite é o equilíbrio. Dentro e fora de campo. O Corinthians dele, campeão brasileiro no ano passado, não é e nunca foi nenhuma revolução tática. Mas é bem arrumado e cada jogador entra em campo sabendo exatamente a função que tem que desempenhar. Fora das quatro linhas, é possível ver também que a harmonia impera. Quem sai do time titular não reclama. Tenta recuperar a vaga nos treinamentos.
Por tudo isso, me espantou demais a saída do goleiro Júlio César do time. Ele falhou em um jogo do ano. É verdade que em uma decisão. Justamente quando o time não podia perder no Paulistão. Porém, Tite errou ao sacar o goleiro desta maneira tão intempestiva.
Júlio César nunca foi unanimidade no Corinthians. Na diretoria, há quem o defenda por ser oriundo das categorias de base do clube. Mas existe uma corrente que bate na tecla que ele transmite insegurança ao resto do time. O ex-presidente Andrés Sanchez cansou de ouvir conselheiros pedindo a contratação de um goleiro mais experiente.
Deve-se avaliar futebol acompanhando o trabalho como um todo e não pinçando jogos pontuais. Júlio fez um grande Brasileirão em 2011 e teve grande importância na conquista corintiana. Uns queriam eleva-lo a condição de Deus quando atuou com um dedo quebrado contra o Botafogo no ano passado. E agora querem vê-lo fora do clube porque foi mal em um jogo. Calma! Bom senso na análise ajuda e o futebol agradece!

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O São Paulo foi tricampeão brasileiro tendo como ponto forte a consistência na defesa. Miranda, André Dias, Alex Silva, Breno, dentre outros ótimos zagueiros, estão cravados na história do clube. Porém, antes da fase vencedora que começou em 2005, com a fixação do mito ‘Dios Lugano’, o torcedor são-paulino sofreu com seus fracos defensores. Júlio Santos e Jean ficaram marcados como o símbolo da fase que o Tricolor sempre perdia nas decisões. E a história pode se repetir neste ano se a diretoria não contratar urgentemente outro zagueiro. Paulo Miranda não reúne a menor condição de ser titular. Ele é lento, comete faltas desnecessárias e não é bom no jogo aéreo. Não adianta nada ter Luis Fabiano, Lucas e Jadson na frente se a defesa não está a altura.

COLUNA MARCEL CAPRETZ

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