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terça-feira, 1 de maio de 2012

Falta na meta

Na última década, o futebol brasileiro teve a maior geração de goleiros de todos os tempos. Marcos, Rogéri Ceni, Dida e o mais jovem Júlio César faziam com que todo treinador da seleção ficasse tranquilo quando pensasse em seu camisa 1. Qualquer um que fosse escolhido daria conta do recado. Hoje, porém, a situação é bem diferente. Não há nenhuma unanimidade para defender nossa meta na Copa do Mundo de 2014.
O mesmo Júlio César está em descendência na carreira e suas últimas falhas minaram a confiança que alguns torcedores ainda tinham nele. Victor, do Grêmio, misteriosamente não foi chamado para o último Mundial por Dunga e não é mais convocado por Mano Menezes. Jefferson, do Botafogo, não transmite segurança. A esperança surge em Rafael, jovem do Santos. Ele tem recursos técnicos e com o ganho de experiência vai se tornando cada vez mais confiável.
Pelo menos o Peixe tem um goleiro com potencial. Os outros grandes clubes de São Paulo não tem a mesma sorte. Deola demonstra a cada partida que não está pronto para substituir Marcos, apesar dos longos anos que esteve na reserva do Verdão. Júlio César, do Corinthians, falha em momentos decisivos e se abala facilmente com os erros. E Denis, do São Paulo, ainda demonstra que não tem alguns fundamentos bem trabalhados.
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Passou da hora de a diretoria do Palmeiras se livrar de Valdívia. Sei que já foi gasto muito com o chileno, mas deixa-lo no elenco significa aumentar o prejuízo. Ele só se machuca, demora para se recuperar, não se dá bem com o elenco e com o técnico Luis Felipe Scolari, além de não render o esperado quando atua. E não é só Valdívia que está marcando passo no Verdão. Jogadores como Patrick, Tinga, Fernandão, Maurício Ramos e Ricardo Bueno não levarão o Palmeiras a nenhuma conquista.
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O São Paulo não terá na semifinal do Paulistão seu grande artilheiro, Luis Fabiano. Na mesma proporção em que foi importante na vitória contra o Bragantino fazendo dois gols, ele foi tolo e infantil ao fazer a falta que originou o seu cartão amarelo, o terceiro da serie que levou a suspensão. Fabuloso sempre foi um cara intempestivo e isso só lhe prejudicou. Esperava-se que agora, mais experiente, fosse mais precavido. Prejudicou seu time justo agora que o dificílimo jogo contra o Santos vai definir o futuro tricolor no Paulistão.

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