Argus em ação com a camisa 44 pelo Maribor. |
Arghus nasceu na cidade de Alegrete no Rio Grande do Sul e começou no futebol jogando pelo Juventude, após uma pequena passagem pela Itália, retornou ao Brasil, mas foi em 2001 que fez uma de suas melhores temporadas no futebol Brasileiro jogando pelo River Plate de Sergipe.
Confira abaixo a entrevista completa:
Arghus Soares Bordignon
19/01/1988 (26 anos)
Natural de Alegrete/RS
Altura: 1,89m
Posição: Zagueiro
Controle: Canhoto
CLUBES (PROFISSIONAL)
2011 | NK Maribor - Eslovênia
2011 | Sociedade Esportiva River Plate (SE) - Brasil
2009-2011 | Grêmio Esportivo Brasil (RS) - Brasil
2008 | Reggina Primavera - Itália
2007-2008 | Esporte Clube Juventude (RS) - Brasil
TÍTULOS
19/01/1988 (26 anos)
Natural de Alegrete/RS
Altura: 1,89m
Posição: Zagueiro
Controle: Canhoto
CLUBES (PROFISSIONAL)
2011 | NK Maribor - Eslovênia
2011 | Sociedade Esportiva River Plate (SE) - Brasil
2009-2011 | Grêmio Esportivo Brasil (RS) - Brasil
2008 | Reggina Primavera - Itália
2007-2008 | Esporte Clube Juventude (RS) - Brasil
TÍTULOS
2013-2014 | Supercopa
da Eslovênia (NK Maribor)
2012-2013 | Supercopa
da Eslovênia (NK Maribor)
2012-2013 | Campeonato
Esloveno (NK Maribor)
2012-2013 | Copa
da Eslovênia (NK Maribor)
2011-2012 | Vice-campeonato
da Supercopa da Eslovênia (NK Maribor)
2011-2012 | Campeonato
Esloveno (NK Maribor)
2011-2012 | Copa
da Eslovênia (NK Maribor)
2011 | Campeonato Sergipano
(River Plate-SE)
2010 | Campeonato Sergipano
(River Plate-SE)
1-Por que não deu certo nas categorias de base do Grêmio e Atlético
Paranaense?
Comecei muito novo no Grêmio, com apenas 9 anos, eu era gremista, estava realizando um sonho de jogar ali, onde fiquei até meus 13 anos. Foi importante para eu aprender e vivenciar um pouco da pressão de um time grande. No Atlético Paranaense, fui com 17 pra 18 anos e fiquei por um ano lá, foi muito legal, porque foi onde morei sozinho, longe dos meus pais e amigos, trabalhei com jogadores mais experientes e tive que aprender a virar adulto muito cedo. Penso que poderia ter dado certo, mas eu não estava preparado ainda pra ser um profissional de fato.
2-Como foi sua passagem pelo Juventude e porquê ficou pouco tempo no clube?
Minha passagem pelo Juventude foi boa, era tratado como um jogador de futuro, fui um líder, sempre estava entre os profissionais. Fui emprestado por um ano para o Reggina da Itália, foi importante esse período para mim. Depois voltei ao clube, mas lesionado, e precisei operar o menisco. Após um mês de cirurgia voltei a jogar pelos juniores e fui capitão, fizemos uma ótima campanha. Subi aos profissionais com o Zetti, mas logo ele saiu, não tive oportunidades com o novo treinador e acabei saindo do clube. Não guardo mágoas, apesar de acreditar que não fui bem tratado na minha saída.
3-Você sentiu dificuldades em sua primeira passagem pela Europa?
Foi boa por um lado e ruim por outro. Boa porque conheci a Itália, aprendi a falar italiano, conheci uma forma de trabalhar nova, vivi a disciplina e a metodologia de trabalho italiana. O futebol europeu é muito diferente do brasileiro, tudo muda, pouco espaço e muita tática, sendo assim foi uma experiência com um grande aprendizado. Mas por outro lado não foi muito boa, porque eu estava numa crescente quando saí do Juventude de empréstimo, e cheguei no Reggina desconhecido, sem passaporte europeu - e eu não poderia jogar sem-, o clube não conseguiu fazê-lo a tempo, só treinava e fazia amistosos. Mas de tudo se tira uma lição, foi tudo válido.
Comecei muito novo no Grêmio, com apenas 9 anos, eu era gremista, estava realizando um sonho de jogar ali, onde fiquei até meus 13 anos. Foi importante para eu aprender e vivenciar um pouco da pressão de um time grande. No Atlético Paranaense, fui com 17 pra 18 anos e fiquei por um ano lá, foi muito legal, porque foi onde morei sozinho, longe dos meus pais e amigos, trabalhei com jogadores mais experientes e tive que aprender a virar adulto muito cedo. Penso que poderia ter dado certo, mas eu não estava preparado ainda pra ser um profissional de fato.
2-Como foi sua passagem pelo Juventude e porquê ficou pouco tempo no clube?
Minha passagem pelo Juventude foi boa, era tratado como um jogador de futuro, fui um líder, sempre estava entre os profissionais. Fui emprestado por um ano para o Reggina da Itália, foi importante esse período para mim. Depois voltei ao clube, mas lesionado, e precisei operar o menisco. Após um mês de cirurgia voltei a jogar pelos juniores e fui capitão, fizemos uma ótima campanha. Subi aos profissionais com o Zetti, mas logo ele saiu, não tive oportunidades com o novo treinador e acabei saindo do clube. Não guardo mágoas, apesar de acreditar que não fui bem tratado na minha saída.
3-Você sentiu dificuldades em sua primeira passagem pela Europa?
Foi boa por um lado e ruim por outro. Boa porque conheci a Itália, aprendi a falar italiano, conheci uma forma de trabalhar nova, vivi a disciplina e a metodologia de trabalho italiana. O futebol europeu é muito diferente do brasileiro, tudo muda, pouco espaço e muita tática, sendo assim foi uma experiência com um grande aprendizado. Mas por outro lado não foi muito boa, porque eu estava numa crescente quando saí do Juventude de empréstimo, e cheguei no Reggina desconhecido, sem passaporte europeu - e eu não poderia jogar sem-, o clube não conseguiu fazê-lo a tempo, só treinava e fazia amistosos. Mas de tudo se tira uma lição, foi tudo válido.
4-Por que não deu certo na Itália?
Respondida na anterior!
5-Fale do bom trabalho que realizou no River Plate de Sergipe?
Em Sergipe foi tudo diferente para mim, não tenho nada a reclamar, mas não é muito conhecido e divulgado o campeonato sergipano no país. Cheguei em 2010, fui campeão sergipano, conseguimos acesso para a série D e para Copa do Brasil. Fiz bons jogos e me tornei importante para o clube. Em 2011 me tornei bicampeão sergipano, fui um dos destaques do time e fiz o gol do título. Apesar de não ter muita estrutura, as pessoas que trabalhavam no clube sempre nos proporcionaram coisas boas, a comissão técnica era de alto nível e o treinador era muito competente.
6-Como foi parar na Eslovênia?
Foi muito rápida a minha mudança para cá. Estávamos nas finais do campeonato em Sergipe, um empresário se interessou por mim e entrou em contato com meu pai. Por eu já possuir o passaporte italiano, o empresário perguntou se eu tinha interesse em jogar na Europa, mais precisamente na Eslovênia, pois teria grandes possibilidades de jogar a Champions League ou a Liga Europa. Eu aceitei na hora. Não demorou dez dias e eu estava dentro de um avião a caminho da Eslovênia.
7-Fale de sua chegada no país e o que mais te impressionou por lá?
Foi uma chegada tranquila, não era conhecido, fui conquistando meu espaço treino após treino, amistoso após amistoso. A minha primeira partida oficial pelo clube não poderia ter sido melhor: eliminatórias da Champions League contra o Dudelange de Luxemburgo. Ganhamos, joguei os 90 minutos e ainda fiz um gol na estreia. Depois disso comecei a ser respeitado e conhecido. O que me impressionou e me impressiona até hoje é a organização do clube e a paixão da torcida com o NK Maribor, são malucos pelo clube.
8-Por que o Maribor está em um nível bem mais acima dos outros clubes Eslovenos?
Acho que é pela organização, seriedade e pelo trabalho vitorioso que estamos fazendo. Somos muito respeitados no país, mas isso não nos traz facilidade nos jogos, muito pelo contrário, cada jogo é como se fosse uma final, todos querem estar nos nossos lugares, sempre são partidas duras.
9-O que você acha que falta para os clubes da Eslovênia terem mais participações na Uefa Champions League e Europa League?
Difícil falar nisso, porque não tenho muito contato com os outros clubes, mas as coisas estão evoluindo aqui, acho que é questão de tempo, os times estão cada vez mais competitivos e os clubes mais organizados.
10-Você possui contrato até quando por aí? E já recebeu alguma sondagem ou gostaria de defender a seleção Eslovena?
Eu tenho mais dois anos de contrato aqui, renovei ano passado. Nunca recebi contato para defender a seleção eslovena, mas se recebesse ouviria e pensaria com carinho. Aqui me sinto bem, sou conhecido, no Brasil poucos me conhecem, mas aqui sou respeitado e isso me deixa muito feliz.
11-Como é a sua relação com os outros jogadores Brasileiros no país e com os atletas do clube?
Minha relação é a melhor possível, tem poucos brasileiros no país, por isso somos próximos. No meu clube jogo com o Marcos Tavares, somos amigos e nos ajudamos muito, e me dou muito bem com o restante do grupo, sou um cara muito brincalhão e alegre, acho que posso dizer que meu carisma me ajuda muito.
12-Em aspectos financeiros e estruturais no futebol, a Eslovênia é melhor do que o Brasil?
Olha, tem os dois lados da moeda. Aqui a organização é grande, a disciplina, pagam em dia, não tem brigas em estádios, não se vê guerra de torcidas. Já no Brasil, até por sua dimensão, tem um poderio financeiro maior que o daqui, tem muitos clubes ricos e pagando salários absurdos, mas não tem a mesma organização que aqui.
13-Como é a vida no país, as dificuldades, ficar longe da família e quais os melhores lugares a visitar nesse país?
A minha vida aqui é muito tranquila, calma, sou um cara tranquilo, gosto de passear com minha esposa e minha filha, acho que a minha família me completa e por isso não vivo sem. Vivo longe dos meus pais, mas eles entendem minha carreira. Não vejo nada como dificuldade aqui, muito pelo contrário, só tenho que agradecer por estar aqui, por terem apostado em mim quando cheguei.
14-Algo de inusitado ou uma história engraçada ocorreu na sua carreira no futebol?
Não lembro nada de inusitado, mas o que mais recordo são as brincadeiras, as tradicionais resenhas que fazemos no mundo do futebol, pois como disse, sempre fui um cara divertido por onde passei e acho que sempre fui bem visto, pois a humildade não podemos esquecer jamais, somos todos iguais.