Após encerrar a carreira de jogador, Dumas seguiu como técnico de futebol, onde trabalhou entre times de Sergipe e Bahia, mas foi na África onde obteve sucesso treinando a Seleção de Gabão, Togo onde participou do inicio de carreira do jogador Adebayor, Guiné Equatorial, ganhando a Copa Cemac contra Camarões, onde o presidente do país decretou até feriado naquela ocasião.
Em clubes na África trabalhou na Tunísia, Sudão e atualmente AL-Jazira da Líbia, Dumas fez também estágio no Barcelona, apesar de não ter recebido muitas oportunidades no Brasil Antônio Dumas é um grande técnico.
Nome: Antônio Dumas Ramalho Esteves
Nasceu: Santo André -SP- 28 de Novembro de 1955
Clubes como Jogador de Futebol:
XV de Piracicaba, Bahia, Leônico, Lagarto-Sergipe, Santos,
Olhanense-Portugal, Chaves de Portugal e Lagarto.
Clubes como Técnico de Futebol:
Chaves-Portugal (1985), Lagarto(base)(1986), Lagarto(1987),
Estanciano (1988), Maruinense (1989), Guarany-Sergipe (1989-1990),
Itabaiana(1990), Olímpico(1991-1992/1994), Vasco da Gama-Sergipe(1993),Itabi(1995-1996),
Lagarto(1997-1998), Seleção do Gabão (1998-2001), Seleção de São Tomé e
Príncipe(2001),Seleção de Togo (2002-2005), Seleção de Guiné Equatorial
(2005-2007), Atlético de Alagoinhas (2007-2008), Colo Colo-Bahia (2009),
Atlético Gloriense-Sergipe (2010), Seleção da Síria(2010), Estanciano(2010),
Socorrense-Sergipe(2011),Itaúna-Minas Gerais (2011), Al-Mowrada
Club-Sudão(2011-2012), Racing-Luxemburgo(2012), As Gabes-Tunísia(2012),
Al-Jazeera-Líbia(2013
Títulos:
Gabão- Copa Cemac(1999)
Guiné Equatorial- Copa Cemac (2006)
Guarany-Sergipano(1989)
Lagarto-Sergipano(1998)
“De Cara a Cara”
1-Como conseguiu virar jogador de futebol?
Sempre desde criança eu sonhava com bola, sonhava jogando no
PACAEMBU, meu pai me conseguiu um cartão para treinar no CORINTHIANS, eu jogava
no Palestra de São Bernardo tinha 13 anos, mas na peneira tinham mais de 100
garotos, tive um tempo de 10 minutos, peguei uma vez somente na bola, não
passei, mas jogando pelo Palestra conta o XV de Piracicaba fui chamado para o
XV de Piracicaba onde fiquei alguns anos.
2-Por quê não deu certo como jogador no Santos?
Onde foi em lagarto
que conheci minha amada esposa que era sobrinha de Fernando Oliva, que na época
era vice-presidente do Santos FC onde
acabou me levando para lá.
3-Como foram as passagens por Bahia e Leônico?
Do XV de Piracicaba fui para o Bahia, onde fui emprestado ao Leônico e depois Lagarto.
4-Através de quem foi parar em Portugal?
Fui parar em Portugal após minha passagem pelo Santos FC
onde recebi uma proposta de um empresário Português.
5-Fale de sua bela passagem pelo
Olhanense e Chaves de Portugal?
Em Portugal foram ao todo 8 anos entre esses dois clubes,
onde tive uma passagem marcante, até hoje sou lembrado por torcedores do
Olhanense e Chaves.
6-O que te levou a se aposentar do futebol, depois da aposentadoria
você chegou a cursar Educação Física ou técnico de futebol?
Voltei ao Brasil ainda para encerrar minha carreira em
Lagarto-Sergipe, e já era a hora da aposentadoria como jogador.
Possuo certificado da FIFA como treinador de futebol. Fiz estágio
no Barcelona com Pepe Guardiola, sou adepto do futebol que trabalha Pepe Guardiola,
hoje no Bayer, trabalho no mesmo estilo, e tenho sonho de um dia aplicar isso
no Brasil, apesar de não ser conhecido no Brasil, mas tenho uma experiência
maravilhosa que de certeza poderei muito bem passar para um clube onde eu for
atuar no futebol brasileiro, já estou pode se dizer cansado de estar no
exterior, tem grandes coisas do futebol moderno sou totalmente atualizado no
futebol total e vejo pela TV os clubes
brasileiros ainda jogam naquele futebol antigo, veja a dificuldade do Atlético
de Minas contra o simples Raja Casablanca, aqui na Líbia, Tunísia, Marrocos,
Golfo Arábico, praticamos o futebol total, que pode ter certeza desta forma que
vai o futebol brasileiro vai ser engolido pelo futebol toal que se pratica hoje
na Europa e principalmente no mundo Árabe, onde estou trabalhando atualmente,
mas eu trabalho com que aprendi de Pepe Guardiola, pra mim um dos maiores
treinadores do mundo. Poderei com certeza ensinar muito o que aprendi no exterior e levar
meu trabalho do futebol total para um clube brasileiro, com certeza absoluta
vamos ter muito sucessos asseguro, mas depende, pois infelizmente os
presidentes do futebol Brasileiro se preocupam muito mais com nomes de
treinadores do que a competência do treinador, infelizmente assim no Brasil,
mas tenho esperança de ainda poder passar por
grandes coisas que aprendi para o futebol do país que amo , o Brasil.
7-Fale de seu começo como técnico no Chaves de Portugal?
No Chaves eu havia me machucado, e então me convidaram para
treinar os juniores da equipe enquanto não voltava a jogar por conta da lesão.
Diante disso, trabalhei primeiro no Brasil nos juniores do
Lagarto onde nos sagramos campeões e após o título fui convidado a ser o
treinador profissional desta equipe.
8-Por quê sua carreira de treinador no Brasil ficou mais
centrada em Sergipe fazendo com que você fixasse residência por lá?
Lagarto, cidade de minha esposa (dizem que quem bebe água
daquela cidade não sai mais de lá) fixei moradia lá(sou de Santo André- SP) mas
minha residência hoje é em Lagarto.
9-Como foi parar no Gabão?
Fui por intermédio de um empresário Português Antônio
Campos, fui para Seleção Nacional do Gabão, onde acabei trabalhando 10 anos na
África, depois Seleção do Togo, e Guiné Equatorial, onde treinei jogadores como
Emmanuel Adebayor, Daniel Coisin, Rodolfo Bodipo (La Corunha) Moustapha Salufou
(Aston Villa) Benjamin Zarandona ( Betis de Sevilla ) e por ai a fora.
10-Fale da estrutura do país naquela época, das três semanas
que teve para aprender o Francês e o que motivou a aceitar esse desafio?
Gabão, excelente estrutura, cheguei sem falar Francês nem
uma só palavra, mas me conseguiram uma professora e 3 meses eu já falava um
pouco de Francês, tive que me esforçar muito (dia e noite de estudos) e consegui
(hoje domino quase 100% do Francês (escrevendo e falando ah ah ah TRÈS bien.
merci.
11-Como foi disputar a CAN de 2000 pelo Gabão e o porquê de
sua saída?
A CAN foi uma excelente experiência para o Gabão, que na
ocasião tinha um time muito local, poucos jogadores jogavam fora do pais, eu
trouxe na ocasião Daniel Coisin que jogava na França (está ate hoje na seleção).
Depois de 3 anos de contrato não houve acordo de reforma, tive convites de
outros países para dirigir seleções e acabei saindo, mas minha amizade no Gabão
até hoje tem um laço de amigos maravilhosos.
Na ocasião estivemos em estágio no Brasil com o Gabão 2
vezes, para dar experiência a seleção, primeira vez no Rio de Janeiro, ficamos
no Centro de Zico, jogamos contra Flamengo, CFZ - Zico, Fluminense,
Friburguense, treinamos também no Centro de Treinamentos da CBF, isso tudo foi
dando experiência a seleção, no segundo ano ficamos em São Paulo no CT de Jose
Roberto Guimarães em Barueri. Jogamos
contra Barueri (ganhamos 5 - 0 ) contra Osasco, ganhamos 3 - 1, contra
Corinthians foi 0 - 0 o time que acabou ganhando a primeira Copa de Clubes Mundial,
contra Santos, perdemos 2 - 0 lá na Vila, Contra Linense, contra Nacional,
chegávamos a fazer 2 jogos por semana, tudo isso deu muita experiência a
seleção, Hoje o nível do Gabão está bem melhor, pois formamos uma excelente
base.
12-Qual foi o motivo que fez você ficar pouco tempo em São
Tomé e Príncipe?
Não em 2001, sai do Gabão, fui a São Tomé e Príncipe
negociar, mas não houve acordo final, vim para o Brasil e recebi um telefone do
diretor de futebol da seleção do Togo chegamos ao acordo e ele me enviou a
passagem e fui para o Togo.
Em São Tomé enquanto negociava ainda por consideração ao
presidente Dende da Federação de Futebol que é um grande amigo meu, ainda
dirigi a seleção num jogo mesmo contra o Gabão em São Tomé onde houve empate de
1 - 1 - mas depois não deu para continuar, o presidente Dende meu amigo me
entendeu. Ainda fui para o Brasil prometi pensar, mas no Brasil resolvi que não
voltaria mais, foi quando recebi telefonema do Togo.
13-Como foi parar em Togo e porquê fez o processo de
naturalização de jogadores Brasileiros, porquê não deu certo?
Fui para o Togo a convite do
presidente da Federação de Futebol do Togo o mesmo me solicitou possibilidades
de poder levar jogadores, ele insistiu que acabei apresentando, vieram jogadores
que depois eu mesmo não os aprovei, mas tudo a pedido do presidente que
insistiu em jogadores do Brasil.
Sobre minha saída, quando eu fui para Guine Equatorial, eu
ainda no TOGO o presidente Bonifácio Manga, já havia me convidado e me fez uma
proposta 10 vezes maior que do Togo, o presidente
Bonifácio da Federação de Guiné Equatorial chegou me enviar uma passagem para
eu ir de Lomé do Togo para Guiné Equatorial, mas eu disse não pode ser assim,
pois o último jogo que fiz pelo Togo foi mesmo contra Guiné Equatorial pelas
eliminatórias do Mundial, se Togo ganhasse estaria classificado, ganhamos 2 -0
então ai eu disse ao presidente Gassimba do Togo, que iria pra Guiné
Equatorial, fui ao Brasil e depois para Guiné Equatorial, a Guiné Equatorial me
enviou o contrato pronto e assinei no Brasil e depois viajei para Malabo.
14-Dumas, como é sua relação com o jogador Adebayor e como
foi a ajuda que deu para ele?
Um amigo, mas a ajuda foi dele mesmo com o grande futebol que o projetou, eu apenas trabalhei ele em detalhes
do futebol, mas quem venceu foi o futebol que ele praticou.
15-Como foi a conquista da Copa Cemac por Guiné Equatorial?
A Copa Cemac para
Guiné Equatorial foi até hoje o único título que conseguiram no futebol, para
mim foi maravilhoso, pois ser campeão é
sempre nosso objetivo no futebol e então quando conseguimos, isso torna-se
esplêndido, fui campeão da CEMAC por 2 países, primeiro Gabão em 1999 e Guiné Equatorial 2006.
16-Disserte sobre sua passagem pelo El Mourada do Sudão?
Para mim foi muito boa, fui
contratado pois o time estava para cair em 2012, em penúltimo lugar, levamos
para o sétimo, e não caiu, o presidente Ismael uma das melhores pessoas que
conheci dentro do futebol como a vice-presidente madame Hanane, pessoas muito
sérias, mas tive apenas que fazer minha parte ali e sai. Assim é O
FUTEBOL.
17-Qual foi o motivo que te fez ficar pouco tempo no Racing
e como é a linda Luxemburgo?
Meu salário no Racing Luxemburgo era apenas 3 mil dólares,
também os jogadores todos trabalhavam o
dia todo e treinos somente 3 vezes por semana, então veio o convite do
As Gabes, muito mais interessante.
18-Fale dos bons resultados que obteve na Tunísia, como foi
trabalhar nesse lindo país e porquê seu trabalho não teve continuação?
Fui então para a Tunísia me prometeram as luvas assim que eu
chegasse no aeroporto, mas infelizmente foram adiando os dias e nunca deram as
luvas prometidas. Trabalhei, fiz minha função mas infelizmente o presidente não
cumpria com sua palavra, então porque estar fora de meu pais sem receber o
contrato como combinado e assinado, apesar de eu gostar do time, tomei a
iniciativa de pegar o avião e voltar para o Brasil, mesmo assim ficamos
conversando eu no Brasil e o presidente na Tunísia que disse volta e
acertaremos e eu dizia manda o dinheiro que vou, mas acabou esfriando tudo e não
voltei.
19-Qual foi o motivo que te fez sair do Hatta Club?
Hatta Club apenas buscamos fazer um contrato, mas tudo só
ficou em conversa.
20-Como está atualmente no Al-Jazira da Líbia?
Agora estou muito contente com o
trabalho aqui no Al Jazeera Club na Libia, mas tem um probleminha - a situação
politica do pais, pode ter certeza de vez em quando inicia-se uns atentados, o
último morreram mais de 80 pessoas, o país esteve em guerra recente, mas quanto
ao trabalho vai tudo bem, lealdade total nos pagamentos, mas segundo dizem
aqui, um campeonato que pode parar a qualquer momento se estourar de vez estes
combates. Medo? lógico que da, mas tenho JESUS na minha frente, estou na luta
na batalha. Sou guerreiro mas de trabalho.
21-Algo de inusitado ocorreu na sua carreira?
Muitas coisas boas e más na carreira, tudo normal, mas a
coisa mais importante para mim foi a maior alegria que tive no mundo até hoje,
eu ainda jogava futebol de Portugal em 1984, quando tive um encontro com JESUS
CRISTO dali minha vida mudou totalmente e passei a ser um dos homens mais felizes
do mundo (foi em Portugal quando jogava ainda ali).
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