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Tiago em ação no Sur Club. Crédito: Diulgação Tiago |
Hoje você vai conhecer Omã, um pequeno país localizado no
continente Asiático, com quase 4 milhões de habitantes. Omã, cuja sua capital é
Muscat, onde vive 50% da população do país, e cerca de 43% de seus habitantes
possuem até 15 anos.
O país faz fronteira com os Emirados Árabes, Arábia
Saudita e Iêmen, e conseguiu sua independência somente em 1971 da Inglaterra,
mas sua história remete a grandes batalhas entre Portugueses, Turcos e Persas,
devido a rota marítima entre África e Ásia.
Omã é o país que mais evoluiu no mundo em infraestrutura
nos últimos 40 anos. Quem governa o país é o sultão Qaboos bin Said Al-Said, no
reinado desde 23 de Julho de 1970, quando depôs seu pai e atualmente é o chefe
de estado há mais tempo no poder, valendo ressaltar que a dinastia da família
Said no poder de Omã está há mais de 250 anos.
Falando de futebol, Omã nunca participou de uma Copa do
Mundo, e atualmente é o número 96º no ranking da FIFA, com filiação a entidade
em 1980, e possuindo como grande honra no esporte, um quarto lugar no mundial
sub17 em 1995.
Omã pode não possuir tradição no futebol, mas vem
atraindo jogadores Brasileiros, um exemplo disso é o atacante Brasileiro Tiago
Chulapa de 27 anos, que chegou ao país em 2014 para atuar no Sur Club, pequeno
clube de Omã, fundado em 1969.
Tiago é atacante, revelado no interior Paulista, no
pequeno Guaçuano, onde começou sua carreira no ano de 2011, mas o inicio foi
rápido, e aos poucos Tiago foi crescendo, se transferindo para o Bragantino,
Cuiabá e Campinense.
Confira abaixo mais sobre o futebol de Omã abaixo:
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Assinatura do contrato. Crédito:Divulgação |
1-Tiago, como foi parar em Omã? E qual foi a sua reação
quando recebeu a proposta?
Primeiro recebi um convite para jogar em um clube dos
Emirados Árabes, mas acabou não dando certo, mesmo eu já estando um mês no
clube. Logo quando estava se preparando para voltar ao Brasil, um Brasileiro
que estava comigo lá, de nome Márcio, me indicou e falou que estavam precisando
no Sur Club.
Como já estava nos Emirados mesmo, resolvi aceitar esse
desafio. Quanto ao clube, é o primeiro fora do país que estou jogando, sabia
que no começo seria difícil, mas fiquei muito feliz com o acerto, e com o tempo
iria me adaptar.
2-Por que o futebol em Omã é fraco?
Vão fazer 4 meses que estou aqui, deu para perceber que
os clubes deveriam dar mais condições aos atletas. No que diz respeito a dia a
dia de treinamento e fisioterapia, a organização dos campeonatos são muito
bons.
3-Fale sobre a cultura e a vida no país?
A cultura árabe é muito diferente das demais, então quando
se vem pra cá, há um tempo pra se adequar. As comidas, o estilo de vida, as roupas etc.
4-Em sua opinião, por que o futebol de Omã está crescendo
somente agora?
Faz pouco tempo que estou aqui, mas eu acho que as coisas
aqui estão aparecendo mais porque estão dando mais atenção ao futebol. Acho que tende a melhorar quando investirem
nos clubes para a formação de atletas, porque se começarem cedo com o passar do
tempo irão ter resultados muito melhores que os atuais.
5-Há muitos jogadores Brasileiros no país, mas por que
não há técnicos?
Eu tenho contato com alguns jogadores Brasileiros aqui,
mas deve ter por volta de uns 10, pelo menos que eu saiba. Boa pergunta porque não há técnicos Brasileiros aqui, porque o da maioria dos times é estrangeiro. Não sei
se eles não gostam ou tiveram experiências negativas, não sei o real motivo.
6-Como está sendo essa sua passagem pelo Sur Club Omã, e
financeiramente vale a pena?
No começo foi difícil, pois o futebol, os atletas, enfim,
tudo aqui é diferente do que já tinha passado no Brasil, mas com o tempo fui me
adaptando e graças a Deus estou bem. No momento estamos em sétimo lugar na Liga,
e estamos nas quartas de final da Sultan Cup. Estou com 16 jogos e 8 gols.
O Sur Club que estou, é um clube modesto do país, há
outras equipes que investem bem mais e tem uma condição melhor, espero
continuar fazendo uma boa temporada para aparecer algo melhor para mim e minha
família.
7-Há investimento nas categorias de base?
Aqui no Sur tem categorias de base, mas pelo pouco que
vejo, teriam que ajudar mais os meninos, dando mais condições para eles, e tendo profissionais capacitados
para orientá-los no dia a dia.
8- Você possui alguma história curiosa para contar do
país?
Vou contar uma história engraçada que tive aqui. Estava
no restaurante, tinha pedido um pão deles aqui, e queria mel, mas como não
sabia falar mel em inglês, fiz o barulho da abelha, (risos), o garçom riu, mas
entendeu e me trouxe o mel.