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segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

"De Cara a Cara"

O “De Cara a Cara” de hoje entrevista o treinador Brasileiro Carlos Silva, com grande passagem pelo futebol do Espírito Santo e Índia, no qual conquistou títulos pelos principais clubes do país East Bengal e Mohun Bagan. Atualmente Carlos está procura de uma equipe no mercado asiático, e durante 2014/2015, trabalhou no futebol dos Estados Unidos.

Nome: Carlos Silva                                                  
Nasceu: 22 de Março de 1946

Clubes:
Madureira (1970/ 1974-1976), Vasco(1970-1974/1989-1990/1995), Desportiva Espírito Santo(1977-1980), Al-Saad-Catar(1981), Al-Ain-UAE(1982-1986),Estrela do Espírito Santo(1987), Rio Branco do Espírito Santo(1987), Rubro FC(1987),Portuguesa-RJ(1988), Bayer-RJ(1991-1994), Home United-Singapura(1996-1998), Boa Vista FC(1999-2000), Al-Nasr-Catar(2001-2003), Al-Arabi-Catar(2003), Al-Merreikh-Sudão(2003-2004), Barreira-RJ(2005), East Bengal-Índia (2006-2007), Mohun Bagan-Índia( 2007-2008), Churchill Brothers-Índia(2009-2010/2012-2013), Portuguesa-RJ(2010-2011), Southern Samity-Índia(2010/2011), Gateway Academy-Estados Unidos(2014/2015).

Títulos:
Madureira- Copa Verão
Desportiva- Estadual do Espírito Santo
Al-Saad- Catar Stars League (1981)
Al-Ain-Campeonato Nacional (1982/1983)
Rio Branco- Campeonato Estadual do Espírito Santo
East Bengal-Kolkata (2006/2007)
Mohun Bagan-Kolkata (2007/2008)
Churchill Brothers- IFA Shield Cup e Durand Cup

“De Cara a Cara”

1- Como conseguiu sua primeira oportunidade no futebol e por que ficou pouco tempo no Madureira?

Um amigo de infância que jogou no Fluminense, chamado Edil (já falecido), me convidou a fazer o vestibular para Educação Física na Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1968. Passei no vestibular e no ano seguinte, antes de começar a estudar, o mesmo Edil me convidou para ser o preparador físico da escolinha de futebol do Madureira, onde só  fiquei cerca de dois meses , sendo convidado  em seguida por um coronel , um  antigo  jogador do Vasco, para ser preparador físico da escolinha do Vasco.

2-Fale de suas passagens pelo Vasco da Gama?
Fiquei na escolinha do Vasco por seis meses e após o término do Campeonato Carioca de escolinha, fui convidado em 1970 para estagiar no time de profissionais, convite feito pelo coronel Carlos Alberto Cavalheiro, que era vice-presidente de futebol. O treinador era Zizinho e depois Mário Travaglini.
Fiquei no Vasco até o ano de 1974 e a partir de 1972 assinamos o primeiro contrato.
Voltei ao Vasco em 1994, como assistente técnico de Nelson Rosa Martins (Nelsinho), ficando desta vez no clube 8 meses.

3-Através de quem foi parar no mundo Árabe em 1981? Como foi a vida em um país que possuía poucos atrativos e fale do Al-Saad?
O Nelsinho foi convidado pelo Evaristo de Macedo, que era treinador da seleção do Catar, para ser o treinador do Al-Saad, e o Nelson me levou como preparador físico.

4-Por que ficou muito tempo no Al-Ain dos Emirados Árabes e como eram as premiações dos sheiks Árabes?

Eu já conhecia um pouco o Catar, pois havia passado por lá quando trabalhava no Espirito Santo, na Desportiva. Claro que tivemos que nos adaptar a muitas coisas diferentes.
O clima, comida, futebol  etc, mas não houve tanta dificuldade, pois depois com a ida da família, o principal problema, a saudade e alimentação ocidental foram superados. O Al- Saad era e é um dos maiores clubes da Ásia, com uma estrutura não muito boa na época, mas com uma equipe muito forte e que com ela fomos campeões na temporada que passamos por lá, perdendo um jogo apenas. Hoje o Al-Saad continua sendo um grande e também um dos clubes mais ricos do golfo.
Ficamos quatro temporadas no Al-Ain e fomos duas vezes campeões nacionais dos Emirados Árabes, além de algumas tacas, poderíamos ficar mais tempo, mas resolvemos voltar ao Brasil por alguns motivos, quanto à premiação, eles pagam bem, mas não existe o bicho como no Brasil, pagam somente por titulo conquistado.

5-Como foi à passagem como treinador no Espirito Santo?
Fui para o Espirito Santo como preparador físico em 1976, e fiquei lá ate 1981, às vezes na troca de treinadores, ficando um período como interino, mas depois que voltei dos Emirados em 1986, fui para o Espirito Santo, ai sim para ser treinador, do Estrela, da Desportiva, do Ibiraçu e do Rio Branco.

6-Por que ficou pouco tempo no Al-Nasr e Al-Arabi?
O Al-Nasr do Catar é um clube da Segunda Divisão, e fiquei só no período da competição que levou quatro meses, aí quando saí o Al- Arabi que era da Primeira Divisão dispensou seu treinador e me contratou para terminar o Campeonato Nacional e disputar a Copa do Rei.

7-Qual foi o motivo da passagem curta pelo Sudão e como foi a vida no país, aspectos positivos e negativos?
Eu havia retornado do Catar e fui ao Sudão para disputar o segundo turno da Liga Nacional, foi realmente um contrato curto graças a Deus. O Sudão não é fácil de viver.

8-Quantos clubes na Índia possuem estrutura como estádios e centro de treinamentos?
Os grandes clubes tem uma estrutura razoável, East Bengal, Mohun Bagan, Churchill Brothers e Dempo(esses dois de Goa), mas não se comparam a nenhum clube do Brasil, ainda falta muita coisa. 

9-Fale de sua passagem pelo East Bengal e qual foi o motivo de sua saída?
Foi o primeiro clube na Índia e onde conseguimos o título da Liga de Kolkata 2006/2007. No final do contrato, recebi uma boa proposta de outro grande clube, o Mohun Bagan e saí.

10-No Churchil Borthers você fez uma ótima temporada, por que não deu continuação no trabalho?
Realmente fizemos boa campanha no Churchill, três títulos, mas não houve acerto para continuar, voltei ao Churchill em 2012 ,mas no segundo turno da liga, o time estava mal e me levaram para salvar o time da degola, e conseguimos!

11-Você se aposentou do futebol? Caso não tenha se aposentado, recebe propostas ou possui algum negócio?

Eu me aposentei pelo INSS e não do futebol, já tive duas oportunidades da Índia, mas não deu certo, estou aguardando, pois não tenho outro negocio,  só aluguel de uma casa ,e enquanto Deus me der saúde, vou , quero e preciso trabalhar ,e só sei trabalhar com o futebol.

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