A Copa do Mundo no Brasil nem começou e já é uma vergonha. Já somos ridicularizados por membros do segundo escalão da FIFA e o mundo sabe que somos irresponsáveis. As palavras chulas usadas pelo secretário Jérôme Valcke não podem servir como escudo para mostrarmos falso patriotismo. Lógico que ele errou ao dizer que o país precisava de “um chute no traseiro”. Mas os atrasos nas obras, não só dos estádios como também de infraestrutura, são para lá de preocupantes.
O anúncio de que o Mundial de 2014 seria aqui aconteceu em 2007. Porém, os responsáveis só começaram a se coçar verdadeiramente após a Copa da África. Quanto mais a obra for de emergência mais gastos e menos fiscalizações acontecem.
A Copa do Mundo vai expor o quanto somos presos a brigas políticas e a interesses pessoais. A simples construção do estádio do Corinthians já é capaz de revoltar até uma criança.
Brasileiro tem sempre a mania de repassar a culpa. De não admitir os erros. De achar que o escorregão foi do outro e não seu. Os últimos acontecimentos são apenas um reflexo disso.
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Paulo Henrique Ganso está voltando a jogar bem. Seus passes, sua calma para pensar o jogo são acima da média. Ele é disparado o melhor meia do futebol brasileiro. Só Mano Menezes prefere Ronaldinho Gaúcho. Se o camisa 10 do Peixe pensar apenas em futebol e esquecer as polêmicas com os dirigentes seu futebol só crescerá. Quem sabe, assim, aparecerá um clube maior que o Porto interessado em seu futebol.
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Valdívia, enfim, reapareceu no Palmeiras. Após mais um período contundido, o chileno retornou a equipe no empate contra o São Caetano. Ele não é um craque como muitos palmeirenses acham, mas pode contribuir com o atual time, bem montado por Felipão. Falta um algo mais, um algo diferente ao meio-de-campo do Verdão. Se tiver inspirado, Valdívia pode ser a cereja do bolo.
COLUNA MARCEL CAPRETZ
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