Lucas, do São Paulo, conseguiu na última semana responder muito bem às críticas que vinha sofrendo. Não adianta reclamar pelo twitter, ficar bravo, procurar a culpa no outro e não reconhecer os próprios erros. Ele vai ser mais cobrado do que os demais jogadores porque tem mais a oferecer.
A partida do camisa 7 tricolor contra o Santos vai entrar para a história. O jovem atacante são-paulino jogou muito: deu grandes passes, buscou o jogo, chamou a responsabilidade, fez um gol, enfim, tudo que se espera de um jogador diferenciado.
É cedo para dizer que Lucas é craque. Ele ainda tem que fazer mais partidas acima da média, conquistar títulos, se firmar na seleção brasileira. Porém, ficou claro que absorvendo e entendendo as críticas de pessoas mais experientes, o futebol dele só tende a evoluir.
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O atacante Adriano, que um dia foi Imperador, está sabotando a própria carreira. É triste ver um jogador que poderia estar no auge da carreira, brilhando com a camisa da seleção brasileira e de um grande clube europeu, perambular pela noite carioca sem destino, sem clube.
Ele já mostrou que qualidade tem de sobra. Bom no cabeceio, possui um potente chute com os dois pés, tem presença de área. O problema está na cabeça, no psicológico. Com suas atitudes, Adriano demonstra não querer mais ser um jogador profissional. Balada, bebidas e comida em demasia não combinam com um atleta.
Se a diretoria do Flamengo usar a razão e não o populismo, Adriano não será recontratado. Enquanto não se tratar fora de campo, o desempenho dentro das quatro linhas continuará sendo um fiasco. E é bom o atacante correr, literalmente: paciência e dinheiro acabam rapidinho!
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Não me conformo quando vejo jogadores e treinadores reclamando de cansaço, de desgaste físico. Atualmente, cada time joga no máximo duas vezes por semana. Mesmo contando com viagens e deslocamentos não me parece uma rotina tão estafante. Em décadas passadas os clubes faziam três, até quatro jogos toda semana. Normalmente quem reclama de cansaço é o mesmo que perde o jogo. Quer transferir a responsabilidade para não admitir incompetência. É o mesmo que vai reclamar quando tiver apenas um jogo por semana. Vai alegar falta de ritmo. Desculpa é o que não falta para os perdedores.
COLUNA MARCEL CAPRETZ
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