O futebol brasileiro está em festa. Calma. Não conquistamos nenhum título, não. A Copa do Mundo é só em 2014. Só que ganhamos muito mais do que o maior torneio mundial de seleções. Ganhamos a liberdade, a decência. Depois de longos 23 anos, Ricardo Teixeira não é mais o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
O cartola não aguentou a enorme pressão popular e política. A presidente Dilma Rousseff não podia vê-lo nem pintado de ouro. Sinceramente, pensei que Teixeira suportaria pelo menos até 2014. Mas, felizmente, nos livramos dele antes.
Ricardo deu muita sorte com os resultados da seleção brasileira dentro de campo. As três finais consecutivas, com os dois títulos (94 e 2002) serviram para encobrir e mascarar muitos erros. Ninguém mais do que ele soube se aproveitar da paixão do povo brasileira para enriquecer. Enquanto a CBF tem cada vez mais patrocínio os clubes estão cada vez mais falidos.
É claro que o futebol de nosso país respira agora mais aliviado. Porém, o problema está longe do fim. Poucas mudanças devem acontecer em um curto espaço de tempo. A fiscalização continua. Foi vencida uma batalha. Uma dura batalha. Mas a guerra contra a corrupção no futebol continua.
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O Palmeiras está enchendo os olhos de seus torcedores. O ataque voltou a funcionar, como há muito tempo não funcionava. Hoje, o time não depende só da bola parada de Marcos Assunção. O centroavante Barcos caiu como uma luva no esquema do técnico Felipão. Inclusive, o treinador esta se preocupando apenas com os problemas de dentro de campo. César Sampaio tem cuidado muito bem do vestiário. Há até quem afirme que a família Scolari está de volta. Tomara que com ela, os títulos também voltem.
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A grande decepção do futebol brasileiro neste início de 2012 é a Portuguesa. Se no ano passado, o clube foi a sensação do ano ao vencer de maneira arrasadora o Campeonato Brasileiro da Série B, neste ano está pior que muito time do interior de São Paulo. Criticar o técnico Jorginho significa não entender a situação. Os dois melhores jogadores do time – Edno e Marco Antônio, foram negociados. A grande revelação, o volante Guilherme, parece que ficou triste por não ter ido para o Corinthians. Futebol é dinâmico. O sucesso do passado não garante a vitória do presente.
COLUNA MARCEL CAPRETZ
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